A todas e a todos que, de hoje, 23 de dezembro, até o dia 04, estiverem visitando está página, os meus desejos de um Feliz e Luminoso Natal e um bom início de 2010.
A partir do dia 04 de janeiro, estaremos retornando.
Até…
Arquivo mensal: dezembro 2009
Padre britânico causa polêmica ao sugerir que pobres furtem

Um padre anglicano britânico aconselhou a seus fiéis que roubem em lojas se tiverem passando necessidade.
O padre Tim Jones, da paróquia de São Lourenço e Santa Hilda, no condado de York, no norte da Inglaterra, disse no sermão de domingo que as pessoas deveriam furtar de grandes cadeias de lojas e não de estabelecimentos pequenos.
Segundo ele, a atitude da sociedade para com os necessitados “deixa algumas pessoas sem outra opção a não ser o crime”.
“Meu conselho, como padre cristão, é furtar em lojas”, disse. “Eu não faço esta recomendação porque acho que furtar é uma coisa boa, ou porque acho que não faz mal, pois faz.”
“Eu pediria que não furtem de lojas pequenas, de negócios familiares, mas de empresas de âmbito nacional, sabendo que os custos acabarão sendo repassados para o restante de nós na forma de preços mais altos.”
“Quando as pessoas são libertadas da prisão ou se encontram repentinamente sem trabalho ou apoio da família, deixá-las por semanas e semanas com apoio social inadequado (…) é uma insensatez monumental, catastrófica.”
‘Irresponsável’
Mas o Arquidiácono de York, Richard Seed, disse: “A Igreja da Inglaterra (anglicana) não recomenda que ninguém furte.”
“O padre Tim Jones está levantando questões importantes sobre as dificuldades que as pessoas enfrentam quando o apoio social não é oferecido, mas furto em lojas não é a forma de superar essas dificuldades.”
A polícia da região, Yorkshire do Norte, qualificou o sermão como “altamente irresponsável”.
Um porta-voz da força disse que, apesar de as pessoas sofrerem dificuldades financeiras, “furtar em lojas ou cometer outros crimes nunca deveria ser a solução”.
“Fazer isso seria tornar a espiral (social) descendente ainda mais rápida, tanto para o indivíduo quanto para a sociedade como um todo”, afirmou.
Mais tarde, em entrevista à rádio da BBC em York, Jones afirmou que sua intenção não era encorajar as pessoas ao furto, mas a doar mais para a caridade para impedir que os necessitados fiquem desesperados.
“Se uma pessoa esgotou todas as oportunidades dentro da lei para obter dinheiro e ainda está em uma situação desesperadora, a melhor coisa a fazer moralmente é pegar apenas o que precisar e só pelo tempo que precisar”, afirmou.
O padre Jones chegou às manchetes dos jornais em maio de 2008, quando fez um protesto contra o uso do logotipo da marca Playboy em material de papelaria destinado ao público infantil. Ele foi a papelarias locais e jogou a mercadoria no chão.
Processo de santificação de Pio XII revolta líderes judaicos
Líderes judaicos do mundo inteiro expressaram nesta segunda indignação ao processo de santificação do papa Pio XII pelo atual chefe da Igreja Católica, Bento XVI. Para eles, a escolha do pontíficie – que ficou marcado pela acusação de não ter agido para deter o Holocausto – é “inoportuna e prematura”, segundo o jornal The Guardian.
A decisão lançou uma sombra sobre sua visita à sinagoga de Roma, prevista para janeiro, deixando receios de que ela possa ser cancelada. O Papa aprovou no sábado um decreto reconhecendo as “virtudes heroicas” de Pio XII. Os dois passos seguintes são a beatificação e a canonização, que podem levar anos.
Lideranças judaicas expressaram receios porque disseram que o Vaticano lhes tinha assegurado reservadamente que o procedimento levando à possível canonização seria congelado até que fosse possível fazer um estudo mais detalhado dos arquivos do Vaticano referentes ao período da Segunda Guerra Mundial, quando Pio XII foi papa.
O timing da decisão do Vaticano lançou uma sombra escura sobre os planos do papa alemão de fazer sua primeira visita à sinagoga de Roma, em 17 de janeiro. “Espero que a visita aconteça, mas depois desta iniciativa mais recente eu não me surpreenderei se ela for cancelada,” disse o rabino Giuseppe Laras, presidente da Assembleia de Rabinos Italianos.
“Embora eu respeite a autonomia da Igreja em questões de santidade, não entendo como o Papa possa ter tomado uma decisão tão fora de hora. Agora qualquer coisa pode acontecer”, teria dito ele ao jornal La Repubblica, de Roma. Desde sua eleição, em 2005, o papa Bento XVI já visitou sinagogas na Alemanha, seu país natal, e os Estados Unidos.
Relações ameaçadas
Mas sua visita à sinagoga romana é importante porque as relações entre o Vaticano e a comunidade judaica de Roma – a mais antiga da diáspora – frequentemente são vistas como indicativo das relações entre católicos e judeus em todo o mundo.
Fontes do Vaticano temem que, se a comunidade judaica revogar seu convite para a visita – que seria apenas a segunda de um pontífice ao templo romano -, isso possa ter consequências devastadoras para as relações católico-judaicas no longo prazo.
“Se ele não for à sinagoga de Roma em 17 de janeiro, ele nunca irá”, disse uma fonte do Vaticano. O papa Bento XVI vem sofrendo grandes pressões por parte de católicos e judeus sobre a possível canonização de Pio XII, que liderou a Igreja Católica de 1939 a 1958, anos em que o papa atual era adolescente e depois padre jovem. “Bento admira Pio como o papa de sua juventude”, disse outra fonte.
O departamento do Vaticano responsável por canonizações apresentou o decreto de virtudes heroicas a Bento em 2007, mas ele decidiu não aprová-la imediatamente, optando em lugar disso pelo que o Vaticano chamou de um período de reflexão. A demora agradou aos judeus que veem com desconfiança a posição de Pio na história.
Alguns judeus acusam Pio 12 de não ter feito o suficiente para ajudar judeus durante a Segunda Guerra Mundial, acusação que o Vaticano nega. O Vaticano afirma que Pio trabalhou em silêncio, nos bastidores, porque intervenções diretas poderiam ter agravado a situação de judeus e católicos na Europa. Muitos judeus rejeitam essa posição.
Falleció Ronaldo Muñoz, religioso y teólogo
Este martes 15 de diciembre de 2009, a las 16.50 hrs., ha fallecido en Santiago de Chile el religioso y sacerdote Ronaldo Muñoz Gibbs, de la Congregación de los Sagrados Corazones
Había nacido en Santiago el 7 de marzo de 1933. Sus estudios básicos y medios los realizó en el Colegio de los Sagrados Corazones de la misma ciudad. Después de estudiar arquitectura por algunos años, ingresó como religioso a la Congregación en 1954. Profesó sus primeros votos el 27 de marzo de 1955 y, una vez terminados sus estudios eclesiásticos en el Seminario de su Congregación (Los Perales, Valparaíso), recibió allí mismo la ordenación sacerdotal el 23 de julio de 1961.
Enseguida continuó sus estudios de postgrado en la Universidad Gregoriana de Roma donde obtuvo la Licenciatura en Teología, y en el Instituto Católico de París donde obtuvo la habilitación para el doctorado. En 1964 comenzó la docencia académica en Chile, y entre 1966 y 1979 lo hizo en la Facultad de Teología de la Universidad Católica de Chile. Entre tanto, en 1972, culminó su Doctorado en Teología en Alemania, en la Universidad de Ratisbona, con su tesis “Nueva conciencia de la Iglesia en América Latina”.
Desde los inicios de su ministerio, compartió su tiempo entre el acompañamiento pastoral en sectores populares de Santiago Sur, donde residió la mayor parte de su vida, y el servicio teológico en la Iglesia chilena y latinoamericana.
Entre 1965 y 1980 integró el equipo teológico de la CLAR (confederación latinoamericana de religiosos) y el equipo editor de la colección “Teología y Liberación”. Participó además en equipos de asesores de obispos en las conferencias episcopales de Puebla, Santo Domingo y Aparecida. Fue profesor invitado en España y Bélgica. Entre 1982 y 1994 fue director de la revista “Pastoral Popular” y entre 1986 y 1997 enseñó teología sistemática en el Instituto Alfonsiano.
Desde 1998 y hasta 2004 residió en la ciudad de Río Bueno (diócesis de Valdivia), sirviendo junto a hermanos de su Congregación en la parroquia del lugar y enseñando teología en la Universidad Católica de Temuco. Desde allí implementó instancias de encuentros de teología y pastoral entre grupos de chilenos y argentinos del sur, con una especial incidencia en la realidad indígena de esas zonas.
A partir de 1960 y hasta 2009 publicó en Chile y en el extranjero varios libros y artículos, entre ellos: Nueva Conciencia de la Iglesia en América Latina (Santiago, Salamanca, Petrópolis, 1973); La Iglesia en el Pueblo: Hacia una Eclesiología Latinoamericana (Lima, Petrópolis, 1983); Pueblo, Comunidad, Evangelio. Escritos Eclesiológicos (Santiago 1994); Nueva Conciencia Cristiana en un mundo globalizado (Santiago, 2009). Su obra más divulgada, Dios de los Cristianos, tiene traducciones en portugués, inglés, francés, italiano y alemán (Santiago, Petrópolis, New York, París, Assisi, Düsseldorf, 1987-90).
De regreso en Santiago en 2005, pasó a vivir junto a sus hermanos de Congregación en el sector poblacional Nueva Lo Espejo, desde continuó desarrollando su compromiso con las comunidades de base del lugar y su amplio servicio teológico y pastoral, especialmente en la formación de laicos. En mayo de 2008 se le detectó un tumor canceroso a la vejiga, cuya difusión orgánica no se pudo detener.
Sus funerales se efectuarán el día jueves 17 de diciembre en el Cementerio Católico de Recoleta, después de la eucaristía que será celebrada en el templo de la parroquia San Pedro y San Pablo (Av. P. Esteban Gumucio 0498, La Granja) a las 10.30 horas.
Ronaldo Muñoz fue un sacerdote que siempre quiso vivir entre los pobres y así lo hizo. En ellos pudo encontrar con mayor transparencia el rostro de Jesús; de ellos aprendió la sencillez, la solidaridad, el compromiso. A su vez, los pobres lo acompañaron con su fraterno cariño y muy especialmente en la cercanía de su muerte.
En su quehacer teológico supo hacer una adecuada síntesis entre su formación sistemática y la experiencia vital junto a las comunidades cristianas populares. Surgió de allí su valioso aporte a la Iglesia chilena y latinoamericana, constituyéndose en uno de los más notables teólogos de la liberación. Sus libros y escritos quedarán como testimonio de su búsqueda y de su esperanza.
Murió lleno de fe y esperanza. Poco antes de morir dijo: “Creer en la vida y en la plenitud de la vida más allá de la muerte no es un lugar común. No es algo evidente, no es algo que cae de su peso. Muchos cristianos se dejan seducir por el proyecto de Jesús para humanizar la tierra, pero suspenden su opinión respecto del sentido último de la vida”.
Su amor a la Iglesia lo vivió con constante transparencia y apasionada lealtad. Valoró mucho las vivencias de las primeras comunidades creyentes en Jesús y lamentó a veces el excesivo formalismo estructural de nuestra Iglesia más institucional. Aportó con la práctica de su vida el testimonio de un ministerio sencillo, cercano de la gente, centrado en la Palabra y en la Memoria de Jesús, favoreciendo la fraternidad de todos los discípulos, en apertura total a toda la humanidad.
Intentó siempre poner radicalidad en su vida. Desde la manera de vivir y de vestirse, usando recursos pobres y sencillos, hasta ser para los demás una fuente de inteligencia y sabiduría, sin darse importancia, rehuyendo todo honor o vanagloria.
Fuente: Congregación de los Sagrados Corazones
Nota da Congregação de Notre Dame de Namur sobre o juri do assassino de Irmã Dorothy Stang
“Volto a repetir que não existe a menor sombra de dúvida que o crime praticado contra a vítima foi adredemente premeditado, havendo uma cadeia formada hierarquicamente, onde figuram mandantes, intermediário e executores, cada um desempenhando nitidamente seu papel, com o único e comum objetivo de ceifar a vida de Dorothy Mae Stang”.
E que “só me resta a concluir, com base nas provas satisfatórias e contundentes constantes dos autos, que Rayfran agiu motivado pelo dinheiro que receberia de Vitalmiro e Regivaldo, restando provada a qualificadora de promessa de recompensa pelo serviço prestado.
Texto do voto relatório, Desembargadora Relatora Vânia Silveira, em 12 de maio de 2009, rejeição do recurso de Vitalmiro Bastos contra anulação do julgamento anterior (maio de 2008) no qual este foi inocentado e Rayfran das Neves teve seu crime reduzido para homicídio simples. Decisão obtida mediante uso de prova fraudulenta. Voto apoiado por unanimidade dos Desembargadores da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Pará.
1. Este será o quarto júri de Rayfran das Neves, um dos executores. No banco dos réus deveria estar também Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, um dos mandantes. É o quarto porque o julgamento anterior foi ANULADO por fraude da defesa dos réus. Reconhecida pelo Tribunal de Justiça do Pará .
Fraude na qual intencionalmente concorreram Rayfran e o intermediário Amair Fejoli ator de gravação fraudulenta montada como suposta reportagem. Nela Amair mentiu negando participação e condução do crime por Vitalmiro Bastos e Regivaldo Galvão, com intento de deixar Rayfran das Neves como único responsável pelos seis tiros com a arma que ele forneceu e tentar encobrir os mandantes, parte da “cadeia formada hierarquicamente” para a concretização do crime. Vídeo realizado com recursos materiais e pessoais de gente de fora do presídio, onde os dois réus-personagens estavam. Vídeo que constituiu outro crime continuado de falsidade da quadrilha.
2. Em maio de 2009, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Pará anulou por unanimidade a escandalosa decisão de inocência de Vitalmiro Bastos e de condenação por homicídio simples de Rayfran das Neves obtida em maio de 2008, por absoluta contrariedade a documentação dos autos e uso de prova ilícita.
3. Quase ao mesmo tempo, o Ministério Público Federal de Altamira concluiu ação e comprovou fraudes e estelionato na papelada de compra e venda do Lote 55, Gleba Bacajá, local do crime. “Contrato” de suposta venda de Regivaldo para Vitalmiro, único álibi de Regivaldo para declarar-se “sem interesses” no crime e afastada das terras desde 2004, é um ato de enganação. “Contrato” fraudulento usado inclusive por seus advogados perante o STF. Inquérito da Polícia Federal comprovou denúncias da Congregação de Notre Dame sobre fraudes da papelada apreendida na casa de Amair Fejoli, dia 15/2/05, quando todos estavam foragidos. A Justiça Federal indiciou o chefe da quadrilha, Regivaldo Galvão, em março de 2009, pelos crimes de fraude documental, estelionato e grilagem de terras públicas do Lote 55.
4. Está desmascarada assim uma das pernas da burlesca cena assistida no júri de 2008. Jurados foram enganados por defesas de Vitalmiro e Rayfran, alguns fazendo troca-troca com a defesa de Regivaldo, que sustentaram a papelada apreendida na casa de Amair como “prova” de que Regivaldo, Vitalmiro e Amair eram “legítimos proprietários de terras legalizadas e produtivas”, “honrados fazendeiros”, ameaçados em seus bens pela freira “invasora”. Desmascarada está que a gangue de grileiros que matou Dorothy estava praticando mais uma de seus crimes e violências com uso de papelada fraudada.
5. A própria irmã Dorothy escreveu para o Corregedor-Geral da Polícia do Pará dias antes do assassinato apontando nomes dos seus algozes. Em 9 de janeiro de 2005, a carta descreve em detalhes o motivo do crime: a violenta reação dos grileiros liderados por Regivaldo Galvão diante das ações oficiais do INCRA reconhecendo a instalação do projeto de desenvolvimento sustentável PDS Esperança no Lote 55 entre outros. A carta relata corajosamente os detalhes das ações violentas do bando de Regivaldo porque Dorothy estava obtendo diversas vitórias legais no reconhecimento dos PDS e assentamentos nos lotes da Gleba Bacajá. Em 5 de janeiro o presidente nacional interino do INCRA visitou o lote 55, depois de audiência em Altamira e assegurou o apoio a implantação do PDS Esperança no lote 55, terra pública. Em 10 de janeiro ela obteve a instauração de inquérito policial que intimava Vitalmiro, Amair, Dominguinhos – um dos “gerentes” de Regivaldo Galvão, pelas ameaças contra lavradores e pela queima de roças e casas. Na carta pedia “medidas urgentes para evitar piores conflitos” e proteção policial para os colonos e assentados ameaçados.
Em depoimento oficial, Clodoaldo Batista, executante, constante nos autos, afirma que em 5 de janeiro, com Rayfan e Amair “queimaram a casa de Luis” na entrada do Lote 55. Não disse que o fogo foi posto com crianças dentro nem que a ordem era intimidar as famílias de colonos em represália pela reunião ali realizada entre colonos, Dorothy e nada menos que o presidente interino do INCRA!
Por tudo isto, a Congregação de Dorothy Stang, chama atenção da sociedade brasileira, das autoridades judiciárias, da imprensa que
a) o que está em jogo na próxima quinta-feira, Dia Internacional dos Direitos Humanos, não é se Rayfran das Neves é culpado ou não dos seis tiros, cinco deles dados pelas costas de Dorothy Stang caída ao chão! Culpado é. Confessou, os tiros foram testemunhados.
b) o que está em jogo é se assistiremos a mais um teatro de falsidades em sala de júri, no qual Rayfran das Neves seguirá roteiro acertado MENTINDO EM JUÍZO IMPUNEMENTE UMA VEZ MAIS para acobertar os seus mandantes, por medo ou busca de recompensa, acumpliciando-se com a quadrilha que planejou o crime e continua manipulando testemunhos, fraudando e falsificando, para enganar a Justiça…
c) …ou teremos o júri de um elo da cadeia formada hierarquicamente, com mandantes, intermediário e executores, cada um desempenhando nitidamente o seu papel, com o único e comum objetivo de ceifar a vida de Dorothy Mae Stang, repetindo palavras dos Desembargadores do Pará.
A Congregação de Notre Dame de Namur e familiares de Dorothy chamam a atenção da sociedade brasileira para acompanhar os eventos e convidam a presença de jornalistas e autoridades para que se garanta um caminho da justiça e da verdade.
Irmã Jane Dwyer, de Anapu
Bispo britânico elogia Talebã e causa polêmica

O novo bispo anglicano para as Forças Armadas britânicas, Stephen Venner, causou polêmica ao declarar em uma entrevista que os militantes do Talebã poderiam “talvez ser admirados por sua convicção à fé e seu senso de lealdade uns com os outros”.
Em uma entrevista ao jornal britânico Daily Telegraph publicada nesta segunda-feira, Venner afirmou que ninguém nos países ocidentais poderia aprovar o que o Talebã defende, mas a atitude em relação ao movimento é muito “simplista”.
“Existe um grande número de coisas que o Talebã defende e que nenhum de nós no Ocidente poderíamos aprovar, mas simplesmente afirmar que tudo o que eles fazem é ruim não está ajudando na situação”, disse.
As declarações de Venner levaram um parlamentar britânico, o liberal democrata Bob Russell, a acusar o bispo anglicano de oferecer “consolo e auxílio ao inimigo”.
Russel acrescentou que o bispo deveria se concentrar em “melhorar o moral de nossas Forças Armadas ao invés de melhorar o moral do nosso inimigo”.
Já o bispo disse em entrevista à BBC que suas afirmações foram tiradas do contexto pelo Daily Telegraph.
“Não estou tentando apoiar o Talebã. No momento, o que eles estão fazendo é maligno”, disse.
Venner afirmou que ficaria “profundamente angustiado” se alguém se sentisse ofendido e esperava não ter ameaçado seu trabalho.
Na entrevista à BBC, Venner admitiu que pode ter sido ingênuo ao fazer os comentários para o Daily Telegraph.
“Não estou tentando apoiar o Talebã. Longe disso. Apoio muito nossas forças”, disse.
“E se o que eu disse e a forma como foi divulgado ofendeu alguém, então, é claro, estou profundamente angustiado e muito arrependido, e se a isto se aplica o rótulo de ingenuidade, então eu meu considero culpado”, afirmou.
O bispo afirma que a forma com que a entrevista foi escrita, fez com que seus comentários parecessem “incrivelmente insensíveis”.
Venner também defendeu a afirmação que fez, durante a entrevista, da necessidade de trabalhar com o Talebã quando a operação militar no Afeganistão for encerrada.
“Foi uma pequena frase em uma entrevista muito longa, e uma frase que simplesmente afirmava que você não pode descrever todo mundo do Talebã como igualmente sombrio, igualmente mau”, disse.
“Estes (militantes) são seres humanos e existem alguns entre eles que podem – não sabemos – que poderiam talvez ser as pessoas com quem, no final das contas, poderíamos negociar.”
Venner também divulgou uma declaração condenando as ações do Talebã.
“A forma como o Talebã está lutando no Afeganistão é má, tanto com as mortes indiscriminadas de civis como com a forma com que eles aterrorizam a população. Nenhuma religião pode tolerar suas ações.”
“Dou apoio total aos soldados britânicos e aliados que estão no país, tentando trabalhar com o governo afegão para trazer a estabilidade, democracia e uma paz duradoura”, acrescentou.
O bispo anglicano Stephen Venner foi apontado para o cargo nas Forças Armadas em julho de 2009.
Papa quer ''enterrar'' a Teologia da Libertação
Pensei não tocar no assunto… Mas como vários amigas e amigas insistiram em me enviar a informação, aqui vai! O único que lamento é que, quase 25 anos depois, os fantasmas continuem a habitar mentes e corações de pessoas que teriam bem outras coisas que se preocupar. Governar a Igreja tendo como único objetivo a vingança pessoal, institucional e acadêmica, não sugere bom destino prá ninguém, nem prá pessoas, muito menos para as instituições. Só toco este tema aqui para dar testemunho de que o considero “profundamente lamentável”. | |
![]() A reportagem é do sítio Religión Digital, 06-12-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
O Papa Bento XVI alertou um grupo de bispos (do Rio Grande do sul e Santa Catarina), neste sábado, sobre os perigos da teologia da libertação. Diante de prelados provindos do Brasil, aos quais recebeu em audiência no Palácio Apostólico do Vaticano, ele lembrou o 25º aniversário da instrução “Libertatis nuntius”, um documento dedicado a essa teologia surgida após o Concílio Vaticano II.
“Nela, se advertia sobre o perigo que a apropriação acrítica, assumida por alguns teólogos, de teses e metodologias provenientes do marxismo, comportava”, disse o Pontífice.
Ele acrescentou que essa proposta de pensamento provocou consequências “mais ou menos visíveis”, entre as quais se destacam a “rebelião, divisão, dissenso, ofensa e anarquia”.
De acordo com o líder máximo da Igreja Católica, essa situação cria entre as comunidades diocesanas “um grande sofrimento ou uma grave perda de forças vivas”.
“Suplico aos que, de algum modo, se sintam atraídos, envolvidos ou implicados em certos princípios enganosos da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida instrução”, pediu Bento XVI.
Publicada no dia 06 de agosto de 1984 pela Congregação para a Doutrina da Fé, então guiada por Joseph Ratzinger, a “Libertatis nuntius” pôs fim a uma corrente que, na América Latina, buscou defender movimentos católicos com princípios cristãos.
A instrução advertia sobre “os riscos de desvio, ruinosos para a fé e para vida cristã, que são trazidos por certas formas de teologia da libertação que usam, de uma forma insuficientemente crítica, conceitos tomados de várias correntes do pensamento marxista”.
O documento acrescenta que os “graves desvios ideológicos” dessa ideologia “conduzem inevitavelmente à traição da causa dos pobres”.
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Igreja Anglicana elege primeira bispa abertamente homossexual

Eleição de Mary Glasspool reacende polêmica na Igreja Anglicana.
A Igreja Anglicana na cidade americana de Los Angeles reacendeu neste domingo uma enorme polêmica ao eleger o que será o segundo bispo abertamente gay da igreja em todo o mundo.
A reverenda Mary Glasspool, de Baltimore, foi eleita bispa assistente, mas ainda precisa que a maioria da Igreja Episcopal nacional apóie a escolha.
Há seis anos, a eleição do primeiro bispo abertamente gay, Gene Robinson, de New Hampshire, causou enormes divisões entre os clérigos e fiéis.
Glasspool, de 55 anos, atuou como cânone da Diocese de Maryland por oito anos.
Em um comunicado divulgado após a eleição, ela disse que “qualquer grupo de pessoas que tenha sido oprimido por causa de qualquer elemento isolado de sua personalidade clama por justiça e direitos iguais”.
Os conservadores já expressaram sua oposição à escolha da bispa.
Eles insistem que a Bíblia rejeita o homossexualismo, enquanto os mais liberais dizem que o livro deve ser reinterpretado sob a luz do conhecimento contemporâneo.
Na época da escolha do primeiro bispo gay, a briga levou à formação de um movimento alternativo conservador nos Estados Unidos, a Igreja Anglicana da América do Norte.
O chefe da comunidade anglicana mundial, o Arcebispo da Cantuária, Rowan Williams, está sob pressão para reconhecer o movimento.
O correspondente da BBC para assuntos religiosos, Chris Landau, disse que a eleição de Glasspool é mais uma evidência das divisões da Igreja em relação à questão da homossexualidade.
Segundo ele, para muitos fiéis nos Estados Unidos, a eleição de bispos abertamente gays é simplesmente um reflexo da diversidade que vem sendo defendida pela Igreja Anglicana há muito tempo.
A Igreja Anglicana possui 77 milhões de fiéis em todo o mundo.
POR JOSÉ RIBAMAR BESSA FREIRE
Eis o que queria dizer: é preciso saber pedir. Essa estratégia funcionou com a quadrilha de Brasília. As imagens divulgadas na TV mostram a bandidagem escondendo dinheiro no bolso, na cueca e nas meias, no episódio do mensalão, tudo isso prá quê? Oh, céus, pra comprar panetones e distribuí-los aos pobres. Estava lá o primeiro escalão do governo e o próprio governador José Roberto Arruda (DEM – vixe, vixe!), flagrados com a mão no cofre pela Policia Federal, na Operação Caixa de Pandora.
Sem qualquer escrúpulo, os sacripantas criaram um grupo de oração. As imagens são chocantes e patéticas. De mãos dadas e olhos fechados, três bandidos de colarinho branco rezam, agradecendo a Deus a “graça especial” alcançada. Com a versão candanga do Pai Nosso, impetraram um habeas corpus preventivo:
– O Panetone nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai a formação do Caixa 2, assim como nós perdoamos os outros partidos que antes de nós desviaram recursos.
Esse é o dado novo do mensalão do DEM (vixe, vixe!). Eles criaram um modus operandi inédito e despudorado: usar a reza como alavanca para arrombar cofres públicos, o que não foi registrado em nenhum lugar do mundo, nem com os dois mensalões operados pelo careca Marcos Valério: o do PSDB de MG, em 1998, e o do PT, em 2005. O Brasil é mesmo o país mais cristão do mundo. Até pra roubar, a gente reza. E na falta de cueca, esconde dólar dentro da bíblia, como fez a bispa Sônia.
Arruda já solicitou ao Papa Bento XVI a canonização de Judas Iscariotes – o que botou na ceroula trinta dinares – para sagrá-lo padroeiro da Pastoral da Propina. A Oração a São Judas Iscariotes, rezada em Brasília, diz:
– São Judas Iscariotes, apóstolo incompreendido de Cristo, eu te saúdo e te louvo, por haveres usados os 30 dinares para pagar a conta da Última Ceia, sendo injustamente acusado de vendilhão e traidor. Quero te imitar, comprometendo-me a usar o dinheiro desviado em obras sociais. E$pero alcançar a graça que imploro através de tua interce$ão. Amém.
No Amazonas, surgiram vários grupos de oração. Um deles, com os agentes de pastoral Amazonino Mendes, Carijó, os irmãos Souza e Orleir Messias Cameli, do Acre. O outro com Dudu Braga, Belão, Mello e Adair, todos eles rezando a versão regional do Pai Nosso:
– A Pupunha nossa de cada dia, nos dai hoje.
Todos esses agentes da Pastoral usam cuecas com seis bolsos sanfonados, três na frente e três atrás.
Com a voz embargada, Arruda disse que confia na Justiça. Todos eles confiam. Pudera! Até eu! Na reeleição para governador de Minas, no século passado, mais precisamente em 1998, Eduardo Azeredo (PSDB) montou esquema de desvio de dinheiro e só agora, no dia 3 de dezembro, é que o STF, em votação apertada, abriu ação penal para investigar as denúncias. A defesa dele vai apresentar “embargo de declaração”, e não há previsão de quando deve começar a ação penal. Eu falei começar, porque onze anos depois do crime, ela ainda não começou.
Mais chocante ainda do que a imagem da bandidagem rezando e desmoralizando a oração, é a anestesia quase geral da nação e a impunidade desse tipo de crime. Nesse sentido, o que ainda nos salva é a invasão e ocupação da Assembléia Legislativa de Brasília pelos meninos do PSOL. Quem diria: na continuidade da ação desses meninos repousa a nossa esperança e o nosso destino!
Proibição de minaretes na Suíça
A aprovação de uma medida a favor da proibição da construção de minaretes na Suíça, votada em referendo no domingo, provocou reações dentro e fora do país.
Pouco mais de 57% dos eleitores suíços se manifestaram contra a construção das pequenas torres nas mesquitas de onde se anuncia a hora das orações.
A proposta havia sido apresentada pelo Partido do Povo (SVP), de direita, que tem maioria no Parlamento e argumenta que as torres das mesquitas são um sinal de “islamização” da Suíça.
Mas o governo suíço, do Partido Social-Democrático (SPS), havia feito nos últimos dias um apelo para que a população votasse contra a proibição.
Na terça-feira, a ministra das Relações Exteriores da Suíça, Micheline Calmy-Rey, comentou que o resultado da votação é um revés para a coexistência das diferentes culturas e religiões no país, e pode se tornar uma ameaça à segurança.
Ela ponderou que a decisão do referendo não deve afetar as relações do país com nações muçulmanas, mas o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, condenou a decisão.
Erdogan afirmou que o referendo é reflexo de “ondas de racismo e nacionalismo extremo crescente na Europa”. Ele pediu ainda que o “erro” seja corrigido “o mais rapidamente possível”.
As Nações Unidas também criticaram o referendo. Segundo a chefe do setor de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, a medida é “discriminatória” e “profundamente divisora”.