Arquivo mensal: março 2012

Millor Fernandes

Dentre as muitas contribuições que Millor Fernandes deixou para a cultura brasileira, a menos conhecida é a do teatro. Em suas peças, com a mesma verve irônica e profunda, analisa pessoas e sociedade. Uma das mais interessantes é, sem dúvida, “A história é uma estória e o homem é o único animal que ri”. Abaixo uma amostra da peça disponível no youtube

Ato marca início das obras da Sala Sinfônica da Ospa

 
Tarde histórica para Porto Alegre: finalmente, depois de 60 anos de espera, o começo das obras do Teatro da OSPA. A tarde de calor foi pouco a pouco cedendo espaço à brisa do Guaíba que, com a chegada de centenas de pessoas, foi ocupando o espaço. Depois das falas oficiais, o início da apresentação que mostrava Maestro, solistas e músicos com a qualidade e um entusiasmo que aumentar
am ainda mais com o anúncio que passou a ser realidade. Oxalá tudo corra bem e possamos em breve desfrutar de mais um espaço cultural de alta qualidade em Porto Alegre.

O texto abaixo que traz as informações, bem como a foto acima, são da edição eletrônica do Correio do Povo (www.cpovo.net)

O início simbólico das obras da Sala Sinfônica da Osrquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) ocorreu no fim da tarde deste domingo, no Parque Harmonia, com o aperto do botão da máquina responsável pelas fundações. O sonho da comunidade cultural gaúcha, que terá espaço para 1,5 mil lugares, deve se concretizar até 2014.

O evento contou com a presença do governador Tarso Genro, do secretário de Cultura, Luiz Antônio de Assis Brasil, do prefeito José Fortunati, do presidente da Ospa, Ivo Nesralla, e do deputado Paulo Pimenta.

O ato ocorreu antes do Concerto de Abertura da Ospa em 2012, com obras de Tchaikovsky (“Capricho Italiano” e “Abertura 1812”), Rossini (O , Bizet (“Carmen”), Donizetti, Puccini “(“Tosca”) e outros, sob regência de Tiago Flores, com os solistas Juremir Vieira (tenor) e Carlos Rodriguez (barítono) e a banda do 3º Batalhão da Polícia do Exército.

O governador Tarso Genro ressaltou que esta Sala “é uma conquista do Rio Grande que não pode ser menosprezada, que terá uma qualidade técnica e de acústica em padrões internacionais”. O presidente da Ospa, Ivo Nesralla, destacou que o momento é de emoção pelo início da obra de realização de um sonho que dura 60 anos da sede própria da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.

O secretário de Cultura, Luiz Antônio de Assis Brasil agradeceu a todos que envidaram esforços para que este sonho começasse a se materializar em especial à bancada gaúcha na Câmara dos Deputados, representada naquele momento pelo presidente da Comissão de Orçamento, Paulo Pimenta, por aprovar uma verba de bancada, de R$ 20 milhões, empenhada pelo Ministério da Cultura e que será conveniada nas próximas duas semanas. Aos músicos, Assis prometeu resolver o problema da precariedade do local de ensaios provisório no Cais do Porto e também um estudo sobre o equacionamento dos salários para competir em valores com as demais orquestras públicas do mercado nacional.

Sexta de noite: funk e vigília evangélica.


Morar na intercessão entre un setor residencial de classe média e uma das áreas mais pobres de Porto Alegre provoca experiências muito interessantes. E isso se mostra de forma especial nos finais de semana. Você vai passando pela rua e, de um lado, um cassino clandestino acolhe – sem nen
huma preocupação com ocultação ou sequer disfarce – o que há de mais fino na sociedade porto alegrense. Do outro lado, jovens, adolescentes e crianças do Campo da Tuca sobem e descem tendo numa das mãos uma caixinha de som conectada a MP3 ou celulare tocando os raps e funks mais raseiros que se possa imaginar e na outra uma trouxinha de maconha, pedra ou coca que vão entregar na esquina a um taxista que faz a telentrega. Tudo em ecumênica convivência sem que um grupo sequer esboce a possibilidade de reconhecer que o outro existe.
Mas ontem foi um dia muito especial. Numa rua, do lado da Volta da Cobra, havia uma festa de aniversário animada com foguetório e música funk. Do outro lado, baixando o Campo da Tuca, uma vigília evangélica. E os dois eventos com o som a toda! As músicas de um lado e de outro chegando com a mesma intgensidade e ao mesmo tempo construiam frases fantásticas tipo: “Vai, vai, vai cachorra… em nome de Jesus! Escorrega, escorrega, escorrega…prá que essa alma possa subir ao céu livre do demônio… vem quentinha, vem quentinha, sobe,sobe, sobe… que a salvação chegou hoje a essa casa!” Haja sono!
Mas, tudo bem Brasil!

Desigualdade no Brasil diminui com queda expressiva no Nordeste

Marcus Vinicius Pinto
Direto de Rio de Janeiro

A desigualdade econômica e social do Brasil segue em queda livre e a tendência, de acordo com a pesquisa “De Volta ao País do Futuro” divulgada hoje pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), é que ela siga caindo nos próximos anos.

O País segue uma tendência inversa a de China, Índia e países europeus, que passaram por uma grave crise desde o ano passado. “O Brasil vem diminuindo a desigualdade nos últimos 11 anos de forma notável”, afirmou o economista Marcelo Néri, coordenador da pesquisa e que considera o investimento em educação um dos fatores mais importantes para esse resultado.

A queda da desigualdade no Brasil cresce num ritmo três vezes superior à meta do milênio da Organização das nações Unidas (ONU), que é de reduzir a pobreza em 25 anos, conforme a pesquisa. Além disso, a renda média per capita do brasileiro cresceu 2,7% desde 2002, diz a publicação. “Estavam apostando que a queda de desigualdade daria uma parada, mas a verdade é que segue descendo”. O fator que demonstra essa queda é o crescimento da classe C, que deve englobar cerca de 60% da população em 2014, chegando a 118 milhões de pessoas, enquanto em 2003, a classe C representava apenas 65,8 milhões de pessoas.

Essa nova classe C, segundo a pesquisa, é mais sustentável e tem menos de dois filhos em média. Se compararmos com a década de 60, o número médio de filhos era superior a seis, conforme a publicação. Agora a classe C está mais preocupada com a educação desses filhos e com o emprego formal. A pesquisa ainda ressalta que o crescimento do Nordeste, de cerca de 42% de 2003 até 2011, vem sendo fundamental para o País. “No Nordeste há uma população gigantesca pronta para dar o salto da classe D para a C”, explica o economista, que compara, por exemplo, o Nordeste com o Sudeste, que no mesmo período cresceu apenas 16%.

De 2003 a 2011, 40 milhões de pessoas em todo o Brasil saíram da classe D e E e chegaram a classe C. “É quase a população da Espanha” comenta. Para o pesquisador, essa nova classe C, que deve chegar aos 118 milhões de pessoas em 2014, começa a ser decisiva em eleições. E também marca diferenças quando se trata de mercado consumidor. “Foi essa classe quem decidiu a última eleição presidencial e que chama a atenção dos políticos a partir de agora. E é uma classe com maior poder de compra que as classes A e B”, afirma.

Ainda assim, são as classes A e B que devem registrar o maior crescimento de 2011 até 2014, de cerca de 30%, enquanto a classe C deve crescer cerca de 11%. Em 20 anos, a população mais rica do Brasil cresceu três vezes, enquanto a população pertencente às classes D e E, caiu quase um 50%. “Mas a pobreza ainda vai continuar a existir, infelizmente” alerta.

Mesmo com todas essas boas notícias, o Brasil ainda é um dos países com maiores índices de desigualdade do mundo. Segundo a pesquisa, a alta desigualdade ainda permite que o número continue caindo por alguns anos. A tendência da desigualdade no mundo, de acordo com Marcelo Néri, é explodir, como na China, na Índia e na África do Sul. “O Brasil está provando que está bem, mesmo em meio a chuvas e trovoadas, e que o brasileiro já aprendeu a se virar em época de crise”, disse Marcelo Néri, fazendo referência à crise europeia de 2011, que, segundo a pesquisa, não atingiu o Brasil.

Milton Schwantes

Todos os que, nas últimas décadas, vivemos no Brasil e em toda a América Latina, a experiência do ensaio de construção de uma Igreja a serviço do Reino, tivemos como referência bíblia e cristã a reflexão e o testemunho do Pastor e Professor Milton Schwantes. Ele acaba de falecer e deixa em todos nós saudades e desafios. Solidários com ele, sua família, a comunidade luterana e todos e todas que se sentem irmanados no caminho de Jesus, rezamos na certeza da ressurreição.
Abaixo um vídeo onde ele nos fala de sua experiência de Deus.