Arquivo mensal: maio 2012

Dia Mundial de Combate ao Tabaco

Crianças usam máscaras antitabaco em Calcutá, na Índia, durante o Dia Mundial sem Tabaco Leia Mais
O cigarro é um mal que mata cerca de 200 mil brasileiros por ano, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Neste dia 31 de maio é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Fumo e em todos os quatro cantos do Planeta ocorrem manifestações contra o hábito, ou melhor, a doença, como é considerado o vício agora.
Atualmente, 17,5% da população do Brasil é fumante, o que corresponde a 25 milhões de pessoas, sendo 60% homens e 40% mulheres.
Nos últimos dez anos, estima-se que 50 milhões de pessoas morreram como resultado do uso do tabaco. Apenas em 2010, cerca de 6 milhões de pessoas morreram no mundo de acordo com informações da 4ª edição do Atlas do Tabaco lançado pela Sociedade Americana do Câncer e pela Fundação Mundial do Pulmão.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa evitável de mortes do mundo. Para conscientizar sobre todos os males que o cigarro pode trazer ao organismo, nesta quarta-feira, dia 30, médicos da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), varrem a avenida Paulista, na Capital, recolhendo as bitucas de cigarro nas imediações.
“Queremos conscientizar as pessoas sobre os males que o tabagismo causa, sendo o ato de recolher bitucas uma ação bastante simbólica”, declara a presidente da SPPT, dra. Mônica Corso.
Paralelo a varredura, ocorrerá uma série de serviços aos cidadãos, além de distribuição de folhetos informativos. Serão feitos exames como o de Fagerström, questionário que afere o grau de dependência da nicotina e é utilizado mundialmente como ferramenta não invasiva de avaliação; medição dos fluxos expiratorios do paciente (equipamento simplificado de função pulmonar) para avaliar a capacidade respiratória; e dosagem de monóxido de carbono no ar expirado pelo paciente.
“Todos os testes oferecerão diversas informações sobre possíveis alterações da função pulmonar, sobre o grau de dependência à nicotina e sobre a necessidade de tratamento”, explica a dra. Mônica.
De acordo com estimativas da Fundação Getúlio Vargas, o fumante gasta em média 6% do que ganha para bancar o vício. No mercado brasileiro são consumidos cerca de 100 bilhões de cigarros por ano, sendo 2 bilhões de produtos ilegais, ou seja, sem a devida fiscalização; o restante é do mercado oficial.
As consequências do tabagismo são inúmeras, a começar pelos prejuízos financeiros. Além do valor gasto com o consumo de produtos derivados do tabaco, o indivíduo pode vir a ter despesas com o tratamento de doenças desencadeadas por esses produtos.
O maior prejuízo, no entanto, continua sendo para a saúde. O consumo do cigarro pode desencadear problemas como infarto agudo do miocádio, câncer – pulmão, laringe, bexiga, etc, – doenças do pulmão, DPOC/enfisema, maior incidência de partos prematuros e osteoporose, entre outros.
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A estimativa é de que um terço da população mundial adulta seja fumante. Embora os números ainda sejam espantosos, estudo realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) mostra que a prevalência de tabagismo entre a população adulta brasileira caiu nos últimos anos.
Iniciativas como a divulgação de informações sobre os malefícios do tabaco nas embalagens ou a aprovação da lei que garante ambientes livres de cigarro, bem como ações de entidades médicas e ONGs de combate ao tabagismo têm contribuído para o aumento da conscientização da população.

Uma crise previsível

O papa Bento 16 no Vaticano (Filippo Monteforte-2.mar.2011/France Presse)

Todos acompanhamos com enorme tristeza os fatos que vem sendo divulgados pela imprensa internacional envolvendo os mais variados personagens do Vaticano, desde o mordomo, passando por cardeais até chegar a Bento XVI.
O que há de verdade em tudo isso, talvez nem o tempo consiga revelar… O certo é que foi criada uma situação que, tanto no aspecto pessoal como no institucional, é constrangedora.
Constrangedora para o Papa e as pessoas que o rodeiam que se mostram em toda a sua (des)humanidade de homens que mesclam interesses pessoais com o exercício dos mais altos cargas numa instituição de âmbito universal.
Constrangedora para a Igreja Católica que vê questões do mais alto interesse institucional sendo tratadas como objeto de barganha em disputas pessoais. A perda de confiança institucional é, com certeza, a consequência maior deste tipo de situação.
Mas como tudo isso pode acontecer++ Pode, com certeza, haver maldade e pecada na ação de pessoas que transitam pelos ambientes Vaticanos. E aí cabe punição legal e arrependimento e pedido de perdão. Mas isso não explica tudo. Talvez há que se aprofundar numa análise das condições institucionais que possibilitam que situações como essa encontrem ambiente para se desenvolver. A nossa ver, uma Igreja que se volta cada vez mais para dentro e busca a todo custo reforçar sua dimensão intra-institucional acaba criando o “caldo de cultura” para tornar-se ela mesma objeto de disputa.
Se a preocupação da Igreja fosse em contribuir para a solução dos graves problemas que a humanidade, neste iníciodo séc XXI enfrenta, talvez estas questões menores não ocupassem tanto espaço na imprensa a ponto de por em risco a credibilidade da instituição.
Em outros termos, “quem procura acha”, ou seja, quem só se preocupa com questões intra-institucionais acaba gerando disputas intestinas na própria casa.

A primavera brasileira

 

 Todos estamos acompanhando o ti-ti-ti ou diz-que-diz-que em torno ao encontro de Lula com o Ministro do Supremo Gilmar Mendes no escritório do ex-ministro da Defesa Nélson Jobim.
Que o encontro aconteceu, aconteceu! O que se conversou, ninguém sabe a não ser os presentes. Se conversaram sobre futebol, mulheres, dietas para perder peso… talvez nunca se saiba a verdade.
Uma coisa é certa: Gilmar Mendes tentou queimar Lula e blindar-se na sua relação com Cachoeira e Demóstenes Torres. E isso é o mais grave…

Para que tenhamos ter uma idéia das histórias pregressas de Gilmar Mendes, segue abaixo um link para a coluna do Nassif na Revista Carta Capital. Vale a pena ler: A primavera brasileira | Carta Capital

Pentecostes

A Igreja celebra neste Domingo a Festa do Pentecostes. Para além das muitas imagens e dos muitos textos bíblicos, a festa quer significar que um da Trindade habita a humanidade e o mundo. Para o cristão, Deus não é uma realidade distante e ausente.
No Pai, Ele está no princípio e sustenta todas as coisas como criador. No Filho, Deus se faz presente no mundo na condição humana. primeira e historicamente, essa presença se realizou na pessoa de Jesus de Nazaré que, passou no mundo fazendo o bem, foi por isso crucificado e morto pelos poderosos de seu tempo, mas Deus o Ressuscitou e ele continua vivo e presente no meio de Deus.
E, no Espírito, mais do que estar “no meio” de nós, Ele está dentro de nós e de cada criatura sendo a Vida que nos conduz na comunhão do Filho e no retorno ao seio do Pai. Todo cristão é um entusiasmado, alguém que leva Deus dentro de si e que, por isso, não pode conformar-se com nenhuma realidade do mundo. Todo cristão e toda cristã são chamados a viverem transfiguradamente, neste mundo, a imagem futuro do ser humano em Deus. Impelido pelo Espírito, cada um e cada uma é chamado a, com Moisés e o Povo de Israel que parte do Egito em busca de libertação, deixar para trás todas as estruturas de pecado e, conduzidos pelo vento de Deus e a nuvem de fogo, construir uma nova sociedade em que o maná seja partilhado e não acumulado, em que haja a terra prometida e trabalho digno para todos, em que todas as famílias, independente de sua composição, habitem as casas que constroem e as cidades não sejam lugares para ter medo e derramar sangue, mas espaços onde todos, nas suas diversidades, possam viver a alegria de estar juntos.
Pentecostes é a festa que não nos deixa parar de sonhar com a nova oikoumene onde todos os povos, provindos de todos os cantos do mundo, acolham-se mutuamente e, cada um expressando-se na sua cultura e na sua língua, se sintam acolhidos, amados e enviados para espalhar a boa nova da convivência fraterna e sororal entre todos.
Que o Espírito nos ilumine!

Marcha das Vadias e Marcha da Maconha

Uma noticias, à primeira vista, inusitada: a “Marcha das Vadias”, programada para a tarde deste sábado, 26 de maio, teve que ser adiada em Porto Alegre porque, neste mesmo dia, hora e lugar – Parque da Redenção – estava sendo realizada a “Marcha da Maconha”!
Muitos que, ouvindo a notícia não se deram ao trabalho de se informar sobre o que se trata, devem ter ficado apavorados: Marcha das Vadias e Marcha da Maconha! O Fim do Mundo tá chegando…
Mas não é prá ter medo não! Não é um sinal do Fim dos Tempos… Pelo contrário, é um sinal, e alentador, de novos tempos. Com um pouquinho de informação, todos podemos ficar mais tranquilos.
A Marcha das Vadias teve origem no Canadá, a SlutWalk, a partir da declaração de um policial que afirmou que “se as mulheres não se vestissem que nem vadias elas não seriam estupradas”. O fato repercutiu internacionalmente e desde então a Marcha (SlutWalk) ocorre em diversas cidades do mundo inteiro. Este nome então se manteve por tod@s que foram aderindo ao movimento para protestar principalmente contra a violência à mulher, seja ela física (agressão ou sexual), verbal ou simbólica. Atualmente outros temas relacionados também foram acrescentados à discussão como aborto, tráfico de pessoas, pedofilia, exploração sexual, entre outros.
Já a Marcha da Maconha, quer discutir a legalização do consumo da erva e as implicâncias sociais, especialmente no campo da violência, da proibição do uso da mesma. Quem vive próximo a lugares que se tornaram depósito de drogas sabe, por experiência visual, que a violência da máquina do tráfico e da repressão ao tráfico da droga é muito maior que a violência provocada por aqueles que a consomem. Legalizar o uso, como é feito em muitos países, é uma forma certa de diminuir a violência e passar da repressão à prevenção, caminho muito mais efetivo para diminuir os danos causados pela droga.
Boa marcha a tod@s @s que participarem de uma ou outra e para toda a sociedade a alegria de poder manifestar publicamente e discutir as diferentes opiniões. Esse é o sinal promissor dos novos tempos!

Fim do Mundo e Slow Science

Semana corrida… Parece que o tempo anda cada vez mais rápido! Pensando, bem, o ritmo do tempo é sempre o mesmo. Nós é que achamos que podemos ir mais rápidos e, como todo aquele que a busa da velocidade, acabamos correndo risco de acidente!
Ontem, no Unilasalle, em Canoas, participei de uma painel com o tema “2012: Fim do Mundo”. Foi interessantíssimo, sob muitos aspectos. Um deles, o de que, se não pararmos de andar para a frente, o fim chegará!…
Como hoje está difícil de pensar e escrever algo sério – mesmo que breve – transcrevo um artigo de Thomas Wood Junior publicado na última edição da Revista Carta Capital. É sobre a ciência e o ritmo exigido de todos os que se dedicam ao trabalho acadêmico. Vale a pena ler!

Slow science

Por: Thomas Wood Junior – Revista Carta Capital (www.cartacapital.com.br)

O frenesi da globalização e seus descontentes. Consta que tudo começou com o cozinheiro Carlo Petrini. Na década 1980, este italiano participou de uma campanha contra a abertura de uma loja McDonald’s em Roma. Nasceu pouco depois o movimento Slow Food, voltado para a preservação da cozinha regional e tradicional, contra a mesmice e a pressa do onipresente fast-food. O sucesso cruzou fronteiras e atraiu seguidores em mais de 150 países. Na esteira, vieram o slow living, o slow travel e o slow cities. Como guarda-chuva, cunhou-se o termo slow movement.
Um filósofo norueguês – Guttorm Floistad – conferiu ao movimento poesia e princípios: “A única coisa que podemos tomar como certeza é que tudo muda. A taxa de mudança aumenta. Se você quer acompanhar, melhor se apressar. Esta é a mensagem dos dias atuais. Porém, é útil lembrar a todos que nossas necessidades básicas não mudam. A necessidade de ser considerado e querido! A necessidade de pertencer. A necessidade de estar próximo e de ser cuidado, e de um pouco de amor! E isso é conseguido apenas pela desaceleração das relações humanas. Para ganharmos controle das mudanças, devemos recuperar a lentidão, a reflexão e a capacidade de estarmos juntos. Então encontraremos a verdadeira renovação”.
Leia também:
Dilema de um artista: De Mozart a Cindy Sherman
A cultura do desdém
Novo solteirismo: Voo solo

Agora, da terra do resistente Asterix, nos chega uma nova onda do slow movement: a slow science. Seus arautos condenam a cultura da pressa e do imediatismo que invadiu, nos últimos anos, as universidades e outras instituições de pesquisa. A fast science, segundo os rebeldes franceses, busca a quantidade acima da qualidade. Aprisionados pela lógica do “produtivismo” acadêmico, os pesquisadores tornam-se operários de uma linha insana de montagem. E quem não se mostrar agitado e sobrecarregado, imerso em inúmeros projetos e atividades, será prontamente cunhado de improdutivo, apático ou preguiçoso.
Os cientistas signatários da slow science entendem que o mundo da ciência sofre de uma doença grave, vítima da ideologia da competição selvagem e da produtividade a todo preço. A praga cruza os campos científicos e as fronteiras nacionais. O resultado é o distanciamento crescente dos valores fundamentais da ciência: o rigor, a honestidade, a humildade diante do conhecimento, a busca paciente da verdade.
A “mcdonaldização” da ciência produz cada vez mais artigos científicos, atingindo volumes muito além da capacidade de leitura e assimilação dos mais dedicados especialistas. Muitos trabalhos são publicados, engrossam as estatísticas oficiais e os currículos de seus autores, porém poucos são lidos e raros são, de fato, utilizados na construção da ciência.
Os defensores da slow science acreditam que é possível resistir à fast science. Sonham com a possibilidade de reservar ao menos metade de seu tempo para a atividade de pesquisa; de livrarem-se, vez por outra, das demandantes atividades de ensino e das tenebrosas atividades administrativas; de privilegiar a qualidade em detrimento da quantidade de publicações; e de preservar algum tempo para os amigos, a família, o lazer e o ócio.
A eventual chegada da onda da slow science aos trópicos deve ser observada com atenção. Por aqui, cruzará com a tentativa de fomentar a fast science. Entre nós, o objetivo de aumentar a produção de conhecimento levou à criação de uma slow bureau-cracy, que avalia e controla o aparato científico. A implantação gradativa da lógica fast, com seus indicadores e suas métricas, pretende definir rumos, estabelecer metas, ativar as competências criativas da comunidade científica local e contribuir para a construção do futuro da augusta nação. Boas intenções!
Os efeitos colaterais, entretanto, são consideráveis. A lógica fast está condicionando os cientistas operários a comportamentos peculiares. Sob as ordens de seus capatazes acadêmicos ou por iniciativa própria, eles estão reciclando conteúdos para aumentar suas publicações; incluindo, em seus trabalhos, como autores, colegas que pouco ou nada contribuíram; e assinando, sem inibição, artigos de seus alunos, aos quais eles pouco acrescentaram. Tudo em prol da melhoria de seus indicadores de produção.
Enquanto as antigas gerações vão se adaptando, aos trancos e barrancos, ao modo fast, as novas gerações de pesquisadores já são formadas sob os princípios da nova doutrina. Aqui, como ao norte, vão adotando o lema da fast science: publish or perish (publique ou desapareça). E, se o objetivo é publicar, vale tudo, ou quase tudo. Para onde vão os cientistas e a ciência? O destino não é conhecido, mas eles estão indo cada vez mais rápido.

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

Muitas são as razões que temos para rezar pela unidade dos cristãos. Primeiro, as de cunho teológico no senso estrito da palavra: “há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo” (Ef 4,5). Em segundo lugar, as de cunho eclesiológico. Se há uma só Salvação e a Igreja é chamada a ser, no mundo, sinal e instrumento da Salvação de Deus, não há porque haver divisões na mesma e única Igreja do Senhor. Em terceiro, razões de cunho antropológico: a humanidade é uma só e tem origem e destino comum. Ou juntos caminhamos nas estradas do mundo, ou juntos perecemos. Mais do que nunca, hoje, a consciência de comunhão entre todos os humanos brota e expressa-se das mais variadas formas.
Rezar e promover, com atitudes concretas, a unidade não é algo opcional e acessório. Faz parte do núcleo fundamental da fé cristã e é compromisso de cada um e cada uma das que professam a fé no Deus-trindade.
Conhecer a história e as causas das divisões e respeitar a diversidade de cada Igreja é importante. Mas é apenas um passo no caminho da realização maior de um dia nos sentirmos todos e todas na Casa Comum dos filhos e filhas de Deus.

Ascensão e Vigília pelos mortos de Aids

Vigília lembra vítimas da Aids em Porto Alegre Crédito: Mauro Schaefer / CP

 
Celebramos ontem, em todas as comunidades cristãs, a festa da Ascensão. No dizer do Evangelista Lucas, quarenta dias depois da Ressurreição, após ter ensinado aos discípulos todas as coisas referentes ao Reino (At 1,3),  Jesus foi elevado ao céu e está na Glória de Deus.
Numa das celebrações em que participei neste fim de semana, o ministro encarregado da homilia, ressaltou umdos aspectos teologicamente importantes desta festa: Jesus se retira de cena e cria o espaço para que a Igreja agora continue a dar testemunho do Reino de Deus (At 1,11-10). Animada pelo Espírito Santo, a comunidade dos fiéis assume sua dimensão messiânica.
Esta importante dimensão da festa da Ascensão não pode, porém, ocultar outra realidade também importante. “Ascender” não significa afastar-se. Jesus ressuscitado não está só nos céus sentado à direita do Pai… “Estar sentado à direita do Pai” significa reinar sobre o mundo. Jesus não se afastou da Igreja, da humanidade ou do mundo. Pelo contrário: está mais presente do que nunca e de uma forma toda especial. Ele é o Senhor! A festa da Ascensão nos lembra também esta forma diferente da presença de Jesus que não nos deixa sozinhos mas caminha a nosso lado dando-nos força e segurança.
No dia de ontem também foi celebrada a 29 Vigília pelos Mortos de Aids. Em Porto Alegre o evento foi celebrado na Igreja Nossa Senhora das Dores. Depois de uma Celebração Eucarística animada pela Pastoral da Aids e Casa Fonte Colombo, foi realizado um ato em Memória das Vítimas da Aids na escadaria da Igreja e, em seguida, uma caminhada luminosa até a praça da Matriz. Além da comunidade da Igreja das Dores, participaram usuários, voluntários e Coordenação da Casa Fonte Colombo, da Pastoral da Aids Arquidiocesana, de diversas ONGs que atuam junto a portadores do HIV-Aids e da Secretaria de Saúde do Município de Porto Alegre.

Didier Drogba, ou, porque ainda vale a pena assistir futebol.

O experiente atacante africano ainda garantiu a participação do Chelsea no Mundial de Clubes da Fifa, no final do ano  Foto: Reuters

A final da Copa dos Campeões da Europa entre Chelsea e Bayern foi um daqueles jogos que merecem ser assistidos por todos os que gostam de futebol. Impossível desviar os olhos da televisão sob o risco de perder um lance decisivo. Um jogo sem perda de tempo, sem descanso, sem amarração, um “jogo total”. O gol do Bayern aos 40 do segundo tempo e o empate do Chelsea três minutos depois foram o momento mais intenso e mais estético.
O gol de Drogba foi uma lição de como deve jogar um centroavante, categoria que muitos treinadores e comentaristas insistem em dizer que não existe mais, e de sua importância no time. A repetição em câmera lenta deixa ver toda a plasticidade e vigor do gol de cabeça. Quando a bola sai do escanteio Drogba vê a trajetório e se projeta no meio dos zegueiros e, mesmo sendo empurrado, sobe e, com os olhos bem abertos, faz o movimento do corpo e da cabeça para potencializar a velocidade e, num golpe certeiro, joga a bola contra o gol. O goleiro, o Grande Neuer, não tem tempo para movimentar-se e a bola vai parar no fundo do gol. Esteticamente, uma preciosidade. Tecnicamente, uma lição de como fazer um gol de cabeça.
A decisão nos pênaltis, um show a parte. O Bayern que saiu na frente, não soube aproveitar a vantagem e, outra vez, coube a Drogba o lance final. Sem tomar distância e com toda a calma que só um grande jogador sabe ter, caminhou para a bola, viu o goleiro cair e rolou a bola para o outro canto do gol. Como deve ser, “bola num canto, goleiro no outro”.
A repetição do lance visto pela câmera que estava atrás do gol permite ver o goleiro Neuer caindo para o lado esquerdo e seguindo com o movimento da cabeça e dos olhos a bola que segue para o canto direito como que a dizer: “Drogba, por que fizeste isso comigo!…”