Arquivo mensal: fevereiro 2009

Estilo ‘absolutista’ de papa atrai críticas

Estilo ‘absolutista’ de papa atrai críticas

Papa Bento 16

Papa teria tomado decisões polêmicas sozinho, dizem analistas

Quatro anos após ser eleito, o Papa Bento 16 está enfrentando críticas cada vez mais frequentes de teólogos, analistas e religiosos dentro e fora da Igreja Católica, que o acusam de ter um estilo recluso e liderar a Igreja de forma autoritária.

Especialistas ouvidos pela BBC Brasil afirmam que decisões tomadas recentemente pelo papa – como a nomeação de um bispo auxiliar conservador na Áustria sem considerar o parecer do episcopado local – são sinais de um papado centralizador e pouco democrático.

Uma das decisões controvertidas de Bento 16, na opinião dos especialistas, foi nomear o ultraconservador Gerhard Maria Wagner como bispo auxiliar de Linz, sem ouvir as considerações do episcopado local. Wagner renunciou duas semanas depois devido a fortes pressões causadas por declarações suas, como a de que homossexuais deveriam ser “curados” e de que o furacão Katrina foi um “castigo de Deus” pelas clínicas que praticavam aborto em Nova Orleans.

Em outra decisão considerada polêmica, Bento 16 suspendeu a excomunhão de quatro bispos da ordem tradicionalista Pio X. Os religiosos haviam sido ordenados sem autorização da Santa Sé em 1988 pelo francês Marcel Lefebvre, criador de uma irmandade que não reconhece as reformas propostas no Concílio Vaticano II, introduzido no final dos anos 60.

“A questão (da reabilitação) dos lefebvrianos representa a superação de um limite. É como se a lua de mel da igreja católica com o papa tivesse acabado”, disse à BBC Brasil o professor de História do Cristianismo, Alberto Melloni.

“O papa tem um estilo solitário e absolutista de governar. Não aceita conselhos, opiniões e críticas e isto cria problemas, inclusive nos setores moderados da igreja”, afirmou, em entrevista à BBC Brasil, o vaticanista Marco Politi, que acabou de publicar o livro A Igreja do Não, pela editora Mondadori.

A suspensão da excomunhão dos “lefebvrianos” por Bento 16 causou ainda grande mal estar nas igrejas da Alemanha, Áustria, Suíça e França.

Um dos bispos perdoados, Richard Williamson, foi obrigado pelo governo a deixar a Argentina depois de negar publicamente o extermínio de judeus durante o regime nazista.

Williamson, que estava radicado na Argentina desde 2003, chegou a Londres nesta quinta-feira.

Estilo de governo

Em entrevista ao jornal Le Monde nesta semana, o teólogo dissidente suíço Hans Kung também criticou o estilo de governo do papa.

Kung, que foi professor da Universidade alemã de Tubinga com o então cardeal Joseph Ratzinger nos anos 60, disse ao jornal que “Bento 16 viajou muito pouco e sempre viveu em ambiente eclesiástico, fechado no Vaticano – que é uma especie de antigo Kremlin – onde fica protegido das críticas”.

“Ele não foi capaz de entender o impacto que teve uma decisão destas (a suspensão da excomunhão) e seu secretário de Estado, o cardeal Tarcisio Bertone, é totalmente submisso. Estamos diante de um problema de estrutura”.

Segundo Kung, Ratzinger defende a idéia do “pequeno rebanho” – poucos fiéis e uma igreja elitista, formada por “verdadeiros católicos”.

“É uma ilusão pensar que é possível continuar assim, sem padres nem vocações. A Igreja corre o risco de se tornar uma seita”, afirma.

Assessores

Melloni, que também é especialista no Concílio Vaticano II e presidente da Fundação de Ciências Religiosas João 23, de Bolonha, concorda com o teólogo suíço.

“O risco de se tornar uma seita é um problema real”, disse ele à BBC Brasil.

Para Politi, o pontificado de Bento 16 está acumulando problemas.

“Em vez de um pontificado de transição, este pode ser um papado de estagnação, em que se acumulam problemas e tensões dentro da Igreja e entre a Igreja e o mundo moderno”.

Alguns observadores, entretanto, acreditam que Bento 16 não é de todo responsável pelas polêmicas. Para eles, o problema é o tradicional mecanismo de funcionamento da Cúria Romana.

A professora de Sociologia da Religião da Universidade la Sapienza de Roma Maria Immacolata Maciotti lembra que o papa tem opiniões próprias consideradas fortes. A questão, segundo ela, é que o aparato em torno de Bento 16 – que normalmente impediria a tomada de decisões polêmicas – não tem funcionado bem.

“O impulso de perdão do pontífice (aos lefebvrianos) deveria ser freado pelos conselheiros atentos a estes problemas. Isto não ocorreu. Podemos supor que o papa é muito autoritário ou não tem pessoas capazes em torno de si”, afirmou em entrevista à BBC Brasil.

Estilo ‘absolutista' de papa atrai críticas

Estilo ‘absolutista’ de papa atrai críticas

Papa Bento 16

Papa teria tomado decisões polêmicas sozinho, dizem analistas

Quatro anos após ser eleito, o Papa Bento 16 está enfrentando críticas cada vez mais frequentes de teólogos, analistas e religiosos dentro e fora da Igreja Católica, que o acusam de ter um estilo recluso e liderar a Igreja de forma autoritária.

Especialistas ouvidos pela BBC Brasil afirmam que decisões tomadas recentemente pelo papa – como a nomeação de um bispo auxiliar conservador na Áustria sem considerar o parecer do episcopado local – são sinais de um papado centralizador e pouco democrático.

Uma das decisões controvertidas de Bento 16, na opinião dos especialistas, foi nomear o ultraconservador Gerhard Maria Wagner como bispo auxiliar de Linz, sem ouvir as considerações do episcopado local. Wagner renunciou duas semanas depois devido a fortes pressões causadas por declarações suas, como a de que homossexuais deveriam ser “curados” e de que o furacão Katrina foi um “castigo de Deus” pelas clínicas que praticavam aborto em Nova Orleans.

Em outra decisão considerada polêmica, Bento 16 suspendeu a excomunhão de quatro bispos da ordem tradicionalista Pio X. Os religiosos haviam sido ordenados sem autorização da Santa Sé em 1988 pelo francês Marcel Lefebvre, criador de uma irmandade que não reconhece as reformas propostas no Concílio Vaticano II, introduzido no final dos anos 60.

“A questão (da reabilitação) dos lefebvrianos representa a superação de um limite. É como se a lua de mel da igreja católica com o papa tivesse acabado”, disse à BBC Brasil o professor de História do Cristianismo, Alberto Melloni.

“O papa tem um estilo solitário e absolutista de governar. Não aceita conselhos, opiniões e críticas e isto cria problemas, inclusive nos setores moderados da igreja”, afirmou, em entrevista à BBC Brasil, o vaticanista Marco Politi, que acabou de publicar o livro A Igreja do Não, pela editora Mondadori.

A suspensão da excomunhão dos “lefebvrianos” por Bento 16 causou ainda grande mal estar nas igrejas da Alemanha, Áustria, Suíça e França.

Um dos bispos perdoados, Richard Williamson, foi obrigado pelo governo a deixar a Argentina depois de negar publicamente o extermínio de judeus durante o regime nazista.

Williamson, que estava radicado na Argentina desde 2003, chegou a Londres nesta quinta-feira.

Estilo de governo

Em entrevista ao jornal Le Monde nesta semana, o teólogo dissidente suíço Hans Kung também criticou o estilo de governo do papa.

Kung, que foi professor da Universidade alemã de Tubinga com o então cardeal Joseph Ratzinger nos anos 60, disse ao jornal que “Bento 16 viajou muito pouco e sempre viveu em ambiente eclesiástico, fechado no Vaticano – que é uma especie de antigo Kremlin – onde fica protegido das críticas”.

“Ele não foi capaz de entender o impacto que teve uma decisão destas (a suspensão da excomunhão) e seu secretário de Estado, o cardeal Tarcisio Bertone, é totalmente submisso. Estamos diante de um problema de estrutura”.

Segundo Kung, Ratzinger defende a idéia do “pequeno rebanho” – poucos fiéis e uma igreja elitista, formada por “verdadeiros católicos”.

“É uma ilusão pensar que é possível continuar assim, sem padres nem vocações. A Igreja corre o risco de se tornar uma seita”, afirma.

Assessores

Melloni, que também é especialista no Concílio Vaticano II e presidente da Fundação de Ciências Religiosas João 23, de Bolonha, concorda com o teólogo suíço.

“O risco de se tornar uma seita é um problema real”, disse ele à BBC Brasil.

Para Politi, o pontificado de Bento 16 está acumulando problemas.

“Em vez de um pontificado de transição, este pode ser um papado de estagnação, em que se acumulam problemas e tensões dentro da Igreja e entre a Igreja e o mundo moderno”.

Alguns observadores, entretanto, acreditam que Bento 16 não é de todo responsável pelas polêmicas. Para eles, o problema é o tradicional mecanismo de funcionamento da Cúria Romana.

A professora de Sociologia da Religião da Universidade la Sapienza de Roma Maria Immacolata Maciotti lembra que o papa tem opiniões próprias consideradas fortes. A questão, segundo ela, é que o aparato em torno de Bento 16 – que normalmente impediria a tomada de decisões polêmicas – não tem funcionado bem.

“O impulso de perdão do pontífice (aos lefebvrianos) deveria ser freado pelos conselheiros atentos a estes problemas. Isto não ocorreu. Podemos supor que o papa é muito autoritário ou não tem pessoas capazes em torno de si”, afirmou em entrevista à BBC Brasil.

Brasil é 3º país com maior número de línguas em risco de extinção

Índios brasileiros durante Fórum Social Mundial

Vários idiomas indígenas no Brasil estão ameaçados de extinção.

O Brasil é o terceiro país do mundo com o maior número de línguas ameaçadas de extinção, segundo a nova edição do Atlas Interativo de Línguas em Perigo no Mundo, apresentado nesta quinta-feira na sede da Unesco, em Paris.

O Atlas, acessível a partir desta quinta-feira no site da Unesco, reúne 2,5 mil línguas ameaçadas no mundo, que podem desaparecer até o final deste século.

Segundo o levantamento, feito por 25 linguistas, 190 línguas indígenas correm risco de desaparecer no Brasil, sendo que 45 delas foram classificadas na categoria de risco mais elevado.

Dois exemplos são o kaixána, falado por apenas 1 pessoa em Japurá, no Amazonas, e o mawayana, preservado por somente 10 indígenas, na fronteira com a Guiana.

O Atlas também contabiliza 12 línguas mortas no Brasil, quase todas situadas na região da Amazônia.

Diversidade x preservação

“O êxodo rural e a instalação de grandes empresas e multinacionais na região amazônica e nos Andes são os principais fatores externos que contribuem para o desaparecimento das línguas indígenas”, afirma Marleen Haboud, especialista em línguas andinas.

O Atlas indica ainda que as regiões da América do Norte, América Latina e Ásia concentram o maior número de idiomas em perigo.

A Índia lidera o ranking, com 196 línguas ameaçadas, seguida pelos Estados Unidos, Brasil, Indonésia, México e China.

“O perigo é maior nas regiões onde há maior diversidade”, explica Françoise Rivière, subdiretora geral da Unesco para a cultura.

Todas as informações podem ser consultadas de maneira interativa no site da Unesco. Os internautas podem fazer pesquisas por país, categoria de risco ou nome da língua.

As línguas são classificadas segundo 5 categorias de risco : vulneráveis, em perigo, seriamente em perigo, em situação crítica e línguas mortas.

Das cerca de 6,7 mil línguas faladas no mundo, 200 já desapareceram completamente nas últimas três gerações, 538 estão na categoria de risco crítico e 199 são faladas por menos de 10 pessoas, segundo a Unesco.

Brasil é 3º país com maior número de línguas em risco de extinção

Índios brasileiros durante Fórum Social Mundial

Vários idiomas indígenas no Brasil estão ameaçados de extinção.

O Brasil é o terceiro país do mundo com o maior número de línguas ameaçadas de extinção, segundo a nova edição do Atlas Interativo de Línguas em Perigo no Mundo, apresentado nesta quinta-feira na sede da Unesco, em Paris.

O Atlas, acessível a partir desta quinta-feira no site da Unesco, reúne 2,5 mil línguas ameaçadas no mundo, que podem desaparecer até o final deste século.

Segundo o levantamento, feito por 25 linguistas, 190 línguas indígenas correm risco de desaparecer no Brasil, sendo que 45 delas foram classificadas na categoria de risco mais elevado.

Dois exemplos são o kaixána, falado por apenas 1 pessoa em Japurá, no Amazonas, e o mawayana, preservado por somente 10 indígenas, na fronteira com a Guiana.

O Atlas também contabiliza 12 línguas mortas no Brasil, quase todas situadas na região da Amazônia.

Diversidade x preservação

“O êxodo rural e a instalação de grandes empresas e multinacionais na região amazônica e nos Andes são os principais fatores externos que contribuem para o desaparecimento das línguas indígenas”, afirma Marleen Haboud, especialista em línguas andinas.

O Atlas indica ainda que as regiões da América do Norte, América Latina e Ásia concentram o maior número de idiomas em perigo.

A Índia lidera o ranking, com 196 línguas ameaçadas, seguida pelos Estados Unidos, Brasil, Indonésia, México e China.

“O perigo é maior nas regiões onde há maior diversidade”, explica Françoise Rivière, subdiretora geral da Unesco para a cultura.

Todas as informações podem ser consultadas de maneira interativa no site da Unesco. Os internautas podem fazer pesquisas por país, categoria de risco ou nome da língua.

As línguas são classificadas segundo 5 categorias de risco : vulneráveis, em perigo, seriamente em perigo, em situação crítica e línguas mortas.

Das cerca de 6,7 mil línguas faladas no mundo, 200 já desapareceram completamente nas últimas três gerações, 538 estão na categoria de risco crítico e 199 são faladas por menos de 10 pessoas, segundo a Unesco.

Argentina pede que bispo que negou Holocausto deixe país

Milhões morreram durante o holocausto na 2° Guerra Mundial

O governo argentino pediu nesta quinta-feira que o bispo inglês Richard Williamson, que no ano passado deu uma entrevista colocando em dúvida a existência do Holocausto, se retire do país.

Num comunicado oficial, o governo diz que o bispo, integrante de uma ala conservadora da Igreja Católica, deve “abandonar o país num prazo máximo de dez dias, sem possibilidade de adiamento, e se não o fizer será decretada sua expulsão do país”.

Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio 10 – fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, e até este mês dirigia um seminário e realizava missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires, onde trabalhava desde 2003.

Para justificar a decisão, o governo argentino argumenta que o bispo mentiu sobre o verdadeiro motivo de sua permanência no país ao ter declarado, quando entrou na Argentina, ser um empregado administrativo de uma Associação Civil e não um sacerdote e diretor de seminário.

“Cabe destacar que o bispo Williamson ganhou notoriedade pública por suas declarações antisemitas”, diz um comunicado oficial sobre a questão.

“Por essas considerações, somadas à energética condenação do governo argentino a manifestações como estas, que agridem profundamente a sociedade argentina, ao povo judeu e toda a humanidade (…), o governo nacional decide fazer uso dos poderes de que dispõe por lei e exigir que o bispo lefebvrista abandone o país ou se submeta à expulsão.”

Críticas

Em novembro de 2008, ele provocou a ira de líderes judeus no mundo todo quando disse na televisão sueca: “Acredito que não havia câmaras de gás (durante a Segunda Guerra Mundial)”.

Na ocasião, Williamson também disse acreditar que até “300 mil judeus morreram em campos de concentração nazistas, mas nenhum em câmaras de gás”.

Cerca de 6 milhões de judeus foram mortos durante o Holocausto.

As declarações levaram o Papa Bento 16 a pedir que o bispo se retratasse. Ele respondeu, em entrevista à revista alemã Der Spiegel neste mês, que o faria se encontrasse provas.

Dois dias mais tarde, ele foi retirado do cargo que ocupava no seminário. Suas declarações provocaram ainda fortes críticas de rabinos de vários países e da chanceler alemã, Angela Merkel.

Argentina pede que bispo que negou Holocausto deixe país

Milhões morreram durante o holocausto na 2° Guerra Mundial

O governo argentino pediu nesta quinta-feira que o bispo inglês Richard Williamson, que no ano passado deu uma entrevista colocando em dúvida a existência do Holocausto, se retire do país.

Num comunicado oficial, o governo diz que o bispo, integrante de uma ala conservadora da Igreja Católica, deve “abandonar o país num prazo máximo de dez dias, sem possibilidade de adiamento, e se não o fizer será decretada sua expulsão do país”.

Williamson é bispo da Fraternidade Sacerdotal Pio 10 – fundada em 1969 pelo bispo francês dissidente Marcel Lefebvre -, e até este mês dirigia um seminário e realizava missas na localidade de La Reja, na província de Buenos Aires, onde trabalhava desde 2003.

Para justificar a decisão, o governo argentino argumenta que o bispo mentiu sobre o verdadeiro motivo de sua permanência no país ao ter declarado, quando entrou na Argentina, ser um empregado administrativo de uma Associação Civil e não um sacerdote e diretor de seminário.

“Cabe destacar que o bispo Williamson ganhou notoriedade pública por suas declarações antisemitas”, diz um comunicado oficial sobre a questão.

“Por essas considerações, somadas à energética condenação do governo argentino a manifestações como estas, que agridem profundamente a sociedade argentina, ao povo judeu e toda a humanidade (…), o governo nacional decide fazer uso dos poderes de que dispõe por lei e exigir que o bispo lefebvrista abandone o país ou se submeta à expulsão.”

Críticas

Em novembro de 2008, ele provocou a ira de líderes judeus no mundo todo quando disse na televisão sueca: “Acredito que não havia câmaras de gás (durante a Segunda Guerra Mundial)”.

Na ocasião, Williamson também disse acreditar que até “300 mil judeus morreram em campos de concentração nazistas, mas nenhum em câmaras de gás”.

Cerca de 6 milhões de judeus foram mortos durante o Holocausto.

As declarações levaram o Papa Bento 16 a pedir que o bispo se retratasse. Ele respondeu, em entrevista à revista alemã Der Spiegel neste mês, que o faria se encontrasse provas.

Dois dias mais tarde, ele foi retirado do cargo que ocupava no seminário. Suas declarações provocaram ainda fortes críticas de rabinos de vários países e da chanceler alemã, Angela Merkel.

Professor é suspenso por retirar cruz de sala de aula na Itália

A presença de crucifixos não é obrigatória na Itália

Um professor na Itália foi suspenso por um mês após seus alunos terem reclamado por ele ter retirado um crucifixo da sala de aula.

Franco Coppoli, professor de literatura da região de Úmbria, retirou o crucifixo da classe alegando que religião e educação não devem se misturar.

Mas alguns estudantes reclamaram e o Conselho Nacional de Educação o suspendeu por um mês.

A presença de crucifixos não é obrigatória na Itália, mas comum.

Prisão

Recentemente, a Suprema Corte italiana cancelou a sentença de prisão dada a um juiz que se recusou a entrar em tribunais onde existissem crucifixos nas paredes.

O juiz judeu Luigi Tosti recebeu uma sentença de sete meses de cadeia por ter se recusado a desempenhar sua função.

Tosti havia dito que, ou ele ou a cruz iriam permanecer na sala, não os dois simultaneamente.

A separação entre Igreja e Estado foi firmada na Constituição promulgada após a 2ª Guerra Mundial, com o objetivo de dar direitos iguais a todas as religiões.

Professor é suspenso por retirar cruz de sala de aula na Itália

A presença de crucifixos não é obrigatória na Itália

Um professor na Itália foi suspenso por um mês após seus alunos terem reclamado por ele ter retirado um crucifixo da sala de aula.

Franco Coppoli, professor de literatura da região de Úmbria, retirou o crucifixo da classe alegando que religião e educação não devem se misturar.

Mas alguns estudantes reclamaram e o Conselho Nacional de Educação o suspendeu por um mês.

A presença de crucifixos não é obrigatória na Itália, mas comum.

Prisão

Recentemente, a Suprema Corte italiana cancelou a sentença de prisão dada a um juiz que se recusou a entrar em tribunais onde existissem crucifixos nas paredes.

O juiz judeu Luigi Tosti recebeu uma sentença de sete meses de cadeia por ter se recusado a desempenhar sua função.

Tosti havia dito que, ou ele ou a cruz iriam permanecer na sala, não os dois simultaneamente.

A separação entre Igreja e Estado foi firmada na Constituição promulgada após a 2ª Guerra Mundial, com o objetivo de dar direitos iguais a todas as religiões.

Justiça manda soltar fazendeiro suspeito de mandar matar Dorothy Stang

O TRF-1 (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região concedeu habeas corpus nesta segunda-feira ao fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da missionária norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang.

Galvão está preso preventivamente em Altamira (PA) desde dezembro do ano passado suspeito de grilagem de terras.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, o fazendeiro tentou negociar o lote 55, em Anapu (PA), na região da Transamazônica, –o mesmo lote cuja disputa culminou na morte da missionária.

A decisão é da Terceira Turma do TRF-1, que por dois votos a um favoráveis acatou um recurso apresentado pela defesa do fazendeiro.

Segundo a assessoria do TRF-1, os juízes acataram o argumento da defesa de que houve excesso de prazo para a conclusão do inquérito policial. A previsão é que o inquérito da Polícia Federal demore mais 60 dias para ficar pronto.

Apesar da decisão favorável, o fazendeiro só será solto se não estiver preso por outro motivo.

Julgamento

Na semana passada, o presidente do Tribunal de Justiça do Pará, Rômulo Nunes, disse que o júri Galvão deve acontecer até o final de junho.

O fazendeiro ainda não foi a júri porque seus advogados conseguiram, com recursos, protelar o caso –mas, no último dia 6, o STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido para excluí-lo da acusação de mando do crime.

Dorothy Stang foi assassinada a tiros em uma estrada vicinal de Anapu em 2005.


O Correio Riograndense, semanário editado pelos Capuchinhos do Rio Grande do Sul, completou 100 anos de circulação ininterrupta em 13 de fevereiro de 2009. A equipe de redação e circulação, sediada em Caxias do Sul, junto à editora São Miguel, prepara uma edição comemorativa no decorrer do ano. Entre os eventos do centenário destaca-se a Mostra dos 100 Anos do Correio Riograndense, que está sendo preparada pelo Museu dos Capuchinhos (MusCap) e permanecerá aberta de maio a dezembro; e a edição multilingue de “Vita e Stòria de Nanetto Pepetta”, de frei Paulino Bernardi, seriado publicado originalmente no jornal em 1924 e 1925.

A história do jornal inicia com o La Libertà, em 1909, editado pelo sacerdote diocesano Pe. Carmine Fasulo. Em 1910 é adquirido pelo colega Pe. Giovanni Fronchetti, que muda o nome para Il Colono Italiano e o transfere para Garibaldi, onde os capuchinhos haviam se instalado em 1896, vindos da Província da Sabóia. Em 1917 os capuchinhos assumem a edição do semanário e mudam o nome para La Staffetta Riograndense. Em 1921 a entidade civil dos capuchinhos adquire integralmente o jornal e suas oficinas. No contexto da II Guerra Mundial, em 1941, o nome é compulsoriamente traduzido para Correio Riograndense e a edição não pode mais conter línguas estrangeiras (parte era editado em italiano).

O jornal foi editado em Garibaldi até 1952, quando se transfere para Caxias do Sul e propicia o nascimento da Editora São Miguel. Em 1970 abandona o sistema tipográfico, sendo um dos pioneiros na introdução do sistema offset, adquirindo, inclusive, uma rotativa de quatro unidades. No final dos anos 1990 a impressão passa a ser terceirizada.

Para marcar o centenário, o jornal ganhou um novo projeto gráfico e ampliação do número de páginas em cores. O jornal se sustenta com venda de publicidade e através de assinaturas; tem como meta manter 15 mil assinantes ativos. Editorialmente, o CR prioriza temas de Igreja, ecologia, agricultura, saúde, educação e cultura da imigração italiana no Sul do Brasil, especialmente o lado lingüístico.

O Correio Riograndense soma-se aos demais meios de comunicação de Província, que opera, hoje, 13 emissoras de rádio AM e FM, divididas em duas redes e várias páginas WEB. No Rio Grande do Sul, os capuchinhos estão presentes há mais de 90 anos no jornal e há 60 anos no rádio