Arquivo mensal: novembro 2008

Há mais muçulmanos do que católicos no mundo, diz Vaticano

Muçulmanos em oração (arquivo)
Muçulmanos já são quase 20% da população mundial, diz Vaticano

O número de muçulmanos superou, pela primeira vez, o de católicos, fazendo do Islamismo seja a religião com maior número de adeptos no mundo, de acordo com o Vaticano.

Dados recolhidos em 2006 indicam que 19,2% da população mundial é formada por muçulmanos, enquanto 17,4% são católicos, disse o editor do Anuário Pontifício, monsenhor Vittorio Formenti, em entrevista publicada na edição deste domingo do jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano.

Formenti diz, contudo, que o número de cristãos pode chegar a 33%, se forem levados em conta também os adeptos da igreja ortodoxa, os anglicanos e os protestantes.

Entre os católicos, a proporção, 49,8%, está na América Latina, segundo o editor do anuário do Vaticano.

O Anuário diz que a proporção da população de católicos do mundo é razoavelmente estável, mas a porcentagem de muçulmanos vem aumentando por causa da alta taxa de natalidade neste grupo.

Há mais muçulmanos do que católicos no mundo, diz Vaticano

Muçulmanos em oração (arquivo)
Muçulmanos já são quase 20% da população mundial, diz Vaticano

O número de muçulmanos superou, pela primeira vez, o de católicos, fazendo do Islamismo seja a religião com maior número de adeptos no mundo, de acordo com o Vaticano.

Dados recolhidos em 2006 indicam que 19,2% da população mundial é formada por muçulmanos, enquanto 17,4% são católicos, disse o editor do Anuário Pontifício, monsenhor Vittorio Formenti, em entrevista publicada na edição deste domingo do jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano.

Formenti diz, contudo, que o número de cristãos pode chegar a 33%, se forem levados em conta também os adeptos da igreja ortodoxa, os anglicanos e os protestantes.

Entre os católicos, a proporção, 49,8%, está na América Latina, segundo o editor do anuário do Vaticano.

O Anuário diz que a proporção da população de católicos do mundo é razoavelmente estável, mas a porcentagem de muçulmanos vem aumentando por causa da alta taxa de natalidade neste grupo.

‘Bispo britânico quer ordenar homens casados’

Homens casados não devem ser impedidos de ser padres, diz bispo

Um dos principais representantes da Igreja Católica na Grã-Bretanha, o bispo Malcolm McMahon, da cidade de Nottingham, afirmou que homens casados deveriam ter direito ao sacerdócio, de acordo com uma reportagem publicada pelo The Sunday Telegraph neste domingo.

Segundo o semanário, McMahon é considerado um dos possíveis sucessores do cardeal Cormac Murphy-O’Connor, que deve entregar o cargo no ano que vem, na liderança da Igreja na Grã-Bretanha.

McMahon afirmou ao Telegraph que em certos casos, a suspensão do voto de celibato, vigente desde o século 11 é uma “questão de justiça”.

“É uma questão de justiça para aqueles homens que querem ser sacerdotes e ter uma esposa. O casamento não deveria separá-los da sua vocação, mas eles têm de ter se casado antes de serem ordenados”, disse o líder católico.

Os católicos já abriram exceções para sacerdotes anglicanos casados, que foram admitidos pela Igreja, após abandonarem o Anglicanismo por serem contrários à ordenação de mulheres.

‘Vida em família’

O episódio teria causado problemas no clero, com alguns padres se queixando de injustiça, segundo o bispo britânico.

De acordo com a reportagem do jornal britânico, nos últimos 30 anos, estima-se que cerca de 150 mil homens tenham desistido do sacerdócio para se casar, e muitos deles estariam dispostos a voltar à batina, desde que casados.

McMahon disse acreditar que padres casados enriquecem a Igreja.

“Eles trazem experiências reais de vida em família. Acho que são excelentes para pregar para mulheres.”

Em 2006, o papa Bento 16º vetou planos que permitiriam o casamento de padres, ao reafirmar a importância do celibato. Um arcebispo chegou a ser excomungado por ter ordenado quatro homens casados.

Essa não é a primeira vez que o nome de McMahon está envolvido em questões polêmicas para a Igreja.

Em 2001, uma reportagem afirmou que o religioso defendia pessoalmente a ordenação de mulheres. No entanto, dias depois, o bispo afirmou ter sido mal interpretado.

'Bispo britânico quer ordenar homens casados'

Homens casados não devem ser impedidos de ser padres, diz bispo

Um dos principais representantes da Igreja Católica na Grã-Bretanha, o bispo Malcolm McMahon, da cidade de Nottingham, afirmou que homens casados deveriam ter direito ao sacerdócio, de acordo com uma reportagem publicada pelo The Sunday Telegraph neste domingo.

Segundo o semanário, McMahon é considerado um dos possíveis sucessores do cardeal Cormac Murphy-O’Connor, que deve entregar o cargo no ano que vem, na liderança da Igreja na Grã-Bretanha.

McMahon afirmou ao Telegraph que em certos casos, a suspensão do voto de celibato, vigente desde o século 11 é uma “questão de justiça”.

“É uma questão de justiça para aqueles homens que querem ser sacerdotes e ter uma esposa. O casamento não deveria separá-los da sua vocação, mas eles têm de ter se casado antes de serem ordenados”, disse o líder católico.

Os católicos já abriram exceções para sacerdotes anglicanos casados, que foram admitidos pela Igreja, após abandonarem o Anglicanismo por serem contrários à ordenação de mulheres.

‘Vida em família’

O episódio teria causado problemas no clero, com alguns padres se queixando de injustiça, segundo o bispo britânico.

De acordo com a reportagem do jornal britânico, nos últimos 30 anos, estima-se que cerca de 150 mil homens tenham desistido do sacerdócio para se casar, e muitos deles estariam dispostos a voltar à batina, desde que casados.

McMahon disse acreditar que padres casados enriquecem a Igreja.

“Eles trazem experiências reais de vida em família. Acho que são excelentes para pregar para mulheres.”

Em 2006, o papa Bento 16º vetou planos que permitiriam o casamento de padres, ao reafirmar a importância do celibato. Um arcebispo chegou a ser excomungado por ter ordenado quatro homens casados.

Essa não é a primeira vez que o nome de McMahon está envolvido em questões polêmicas para a Igreja.

Em 2001, uma reportagem afirmou que o religioso defendia pessoalmente a ordenação de mulheres. No entanto, dias depois, o bispo afirmou ter sido mal interpretado.

Demissão de freiras que se negaram a fazer faxina causa protestos na Itália

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story2007/11071114_valquiriafreirasebc.shtml


Vaticano
Até o momento, o Vaticano não revogou a decisão sobre as freiras

O afastamento de três freiras missionárias de Santa Gemma que se negaram a fazer trabalhos domésticos em uma paróquia, na região do Lácio, causou revolta entre os fiéis da cidade de cerca de 60 mil habitantes.

Há sete anos na paróquia, as freiras eram responsáveis pela catequese e pela pastoral juvenil.

No entanto, em outubro, no momento da renovação do contrato de colaboração entre a paróquia e a ordem das irmãs, o bispo da diocese de Albano decidiu que elas deveriam prestar serviços “materiais” a dois sacerdotes por 800 euros mensais, cerca de R$ 2.060 reais divididos entre as três.

Insatisfeita, a madre superiora considerou a proposta inaceitável e o bispo Marcello Semeraro decidiu afastar as irmãs.

‘Tarefas de mulher’

“Lavar, passar, cozinhar, arrumar o guarda-roupa são tarefas que podem ser feitas por uma mãe, por uma mulher que trabalha fora e também por nós. Isso não é um problema”, disse à BBC Brasil uma missionária de Santa Gemma, que pediu para não ser identificada.

“Mas, na igreja, estavam três irmãs preparadas para a pastoral. A madre superiora não aceitou que, de uma hora para outra, passassem a servir os sacerdotes.”

A decisão do bispo motivou a revolta dos fiéis que prepararam um abaixo-assinado com mais de 1,5 mil assinaturas pedindo o retorno das religiosas.

O documento dos paroquianos diz que as missionárias foram discriminadas e “caçadas” por se negarem a fazer serviços domésticos.

“Não escondemos a nossa amargura e incredulidade, porque somos conscientes de que as irmãs constituem uma presença evangelizadora importante”, diz um trecho da carta enviada ao bispo.

Único jeito

Eles sabem o incômodo que a carta causou ao bispo Semeraro, mas acham que o protesto é a única maneira de trazê-las de volta.

“Estamos diante de uma hierarquia eclesiástica que reconhece um papel sob medida para as mulheres consagradas: primeiro, elas “passam pela casa” do pároco e trabalham como donas-de-casa. Só depois, podem ascender e prestar serviços em favor do povo de Cristo, em todas as formas necessárias”, diz a carta dos fiéis.

A nota diz ainda que “ninguém na Cúria parece ter considerado que as irmãs são uma referência espiritual para a vida das pessoas”.

Contrários a transformar as missionárias de “esposas de Cristo” a servas dos párocos, os fiéis prometem não desistir até o retorno das três irmãs.

Até o momento, os paroquianos não foram atendidos e as religiosas seguem fora da paróquia.

Demissão de freiras que se negaram a fazer faxina causa protestos na Itália

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story2007/11071114_valquiriafreirasebc.shtml


Vaticano
Até o momento, o Vaticano não revogou a decisão sobre as freiras

O afastamento de três freiras missionárias de Santa Gemma que se negaram a fazer trabalhos domésticos em uma paróquia, na região do Lácio, causou revolta entre os fiéis da cidade de cerca de 60 mil habitantes.

Há sete anos na paróquia, as freiras eram responsáveis pela catequese e pela pastoral juvenil.

No entanto, em outubro, no momento da renovação do contrato de colaboração entre a paróquia e a ordem das irmãs, o bispo da diocese de Albano decidiu que elas deveriam prestar serviços “materiais” a dois sacerdotes por 800 euros mensais, cerca de R$ 2.060 reais divididos entre as três.

Insatisfeita, a madre superiora considerou a proposta inaceitável e o bispo Marcello Semeraro decidiu afastar as irmãs.

‘Tarefas de mulher’

“Lavar, passar, cozinhar, arrumar o guarda-roupa são tarefas que podem ser feitas por uma mãe, por uma mulher que trabalha fora e também por nós. Isso não é um problema”, disse à BBC Brasil uma missionária de Santa Gemma, que pediu para não ser identificada.

“Mas, na igreja, estavam três irmãs preparadas para a pastoral. A madre superiora não aceitou que, de uma hora para outra, passassem a servir os sacerdotes.”

A decisão do bispo motivou a revolta dos fiéis que prepararam um abaixo-assinado com mais de 1,5 mil assinaturas pedindo o retorno das religiosas.

O documento dos paroquianos diz que as missionárias foram discriminadas e “caçadas” por se negarem a fazer serviços domésticos.

“Não escondemos a nossa amargura e incredulidade, porque somos conscientes de que as irmãs constituem uma presença evangelizadora importante”, diz um trecho da carta enviada ao bispo.

Único jeito

Eles sabem o incômodo que a carta causou ao bispo Semeraro, mas acham que o protesto é a única maneira de trazê-las de volta.

“Estamos diante de uma hierarquia eclesiástica que reconhece um papel sob medida para as mulheres consagradas: primeiro, elas “passam pela casa” do pároco e trabalham como donas-de-casa. Só depois, podem ascender e prestar serviços em favor do povo de Cristo, em todas as formas necessárias”, diz a carta dos fiéis.

A nota diz ainda que “ninguém na Cúria parece ter considerado que as irmãs são uma referência espiritual para a vida das pessoas”.

Contrários a transformar as missionárias de “esposas de Cristo” a servas dos párocos, os fiéis prometem não desistir até o retorno das três irmãs.

Até o momento, os paroquianos não foram atendidos e as religiosas seguem fora da paróquia.