Em menos de um mês o Brasil conhecerá os novos profeit@s de seus municípios. Em todas as cidades, desde as menores até a maior de todas, São Paulo, vive-se a emoção e a tensão pré-eleitoral. Propaganda nas ruas, nos jornais, revistas, televisão e rádio. É tanta propaganda que nem mais prestamos atenção nela.
Ontem, no entanto, estava voltando do serviço ouvindo rádio e, em meio à programação musical, uma propaganda do TSE chamando para o voto consciente com o slogan “Faça de seu voto sua arma”. Em seguidinha o programa de notícias da emissora e, entre as informações, a de que, só no início do feriadão, 30 pessoas haviam sido assassinadas no Rio Grande do Sul. Impossível não conectar as informações: voto=arma=30 assassinatos no feriadão…
Dei-me conta então da infeliz metáfora escolhida pelo TSE para a propaganda. Num país estremamente violento como o nosso onde a violência do quotidiano mata mais do muitas guerras, apelar para a imagem da arma como estímulo para o voto consciente, não é, com certeza, o melhor argumento…
A que entendimentos pode nos conduzir tal imagem¿ Alguém poderia pensar numa solução literal: “a melhor forma de acabar com os maus políticos, é matá-los…” Outros poderiam pensar: já que a disputa política não resolve, voltemos para a forma bruta de resolver as diferenças e, quem tiver mais força, que vença!
Numa sociedade civilizada, voto não é arma. Voto é exercício de cidadania. Votamos porque somos cidadãos e queremos resolver nossas diferenças de força civilizada.
Neste 07 de outubro, não faça de seu voto uma arma. Faça dele um exercício de cidadania.
Bom voto a todos…
Não faça de seu voto uma arma…
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