Acidentes de trânsito e limitação de velocidade

A cada segunda-feira o noticiário da manhã, nas rádios, televisão e jornais, nos brinda com os estarrecedores números dos acidentes de trânsito, feridos e mortos. Nos fins de semana normais, só no Rio Grande do Sul, o número médio de mortos em acidentes de trânsito é de doze. Nos feriadões, o número, normalmente, dobra. No último feriadão da República, graças a uma operação especial envolvendo todas a polícias no Estado, o número de mortos foi reduzido a 13. Diz-se reduzido pois, no mesmo feriadão de 2010, o número de mortos foi de 19. Neste número só estão contabilizados os que morreram no momento do acidente. Para se ter um dado real, haveria que contabilizar os que morreram ou ainda morrerão em consequência destes acidentes.
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em estudo divulgado em março de 2010, acidentes rodoviários são a principal causa de morte de pessoas entre 5 e 29 anos. E o que maisi faz pensar:quase metade dos mortos em acidentes rodoviários no mundo são pedestres, ciclistas e motociclistas. No mundo inteiro, a cada ano são 1,2 milhão de pessoas morrendo trânsito. Desse total, mais de 90% das mortes ocorrem nas nações em desenvolvimento. Nos países mais pobres, 80% das mortes no trânsito são de “usuários vulneráveis”, ou pessoas que não estão nos carros.
Se juntarmos aos mortos o número de feridos, a realidade é ainda mais estarrecedora: 50 milhões de pessoas sofrem algum tipo de dano em acidentes de trânsito.
Alcoolismo e excesso de velocidade são as principais causas de acidentes de trânsito. Para prevenir acidentes causados por motoristas alcoolizados, tramita no Congresso o Projeto de Lei conhecido como Lei Seca no Trânsito que, esperamos, seja em breve aprovado e, sancionado pela Presidenta, seja loco posto em prática com a devida fiscalização.
Mas fica o problema da velocidade que pardais, lombadas eletrônicas e outras medidas coercitivas não estão conseguindo resolver… Há, no entanto, uma coisa que me intriga: é o fato de os carros terem a possibilidade de atingir velocidades de mais de 200Km/h para circular em estradas que tem como limite de velocidade 100km/h! Se pensarmos racionalmente, para reduzir os acidentes provocados por excesso de velocidade bastaria uma medida técnica que impedisse os carros de desenvolver velocidades absurdas que nunca deveriam ser atingidas… Uma indústria automobilística que consegue adicionar, a cada ano, novas e espantosas teconologias, certamente não teria dificuldade em criar um dispositivo limitador de velocidade. É só querer!

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