Dividir e desgovernar

Seria ingênuo imaginar que a corrupção e as conspirações brotaram de repente dos corredores do Vaticano: elas têm uma longuíssima tradição. A pergunta a ser feita é: por que tanta informação a esse respeito vem à luz ao mesmo tempo agora? Não se trata, decerto, de um esforço de transparência por parte do papado. Também não se trata de um deslize no uso da internet ou do trabalho de hackers, até porque as instituições eclesiásticas são conservadoras demais para fazer uso intensivo dessa ferramenta. Os vazamentos aconteceram à moda antiga, por meio de boatos e documentos em papel, ao velho estilo dos Pentagon Papers, de 1971, e do Caso Watergate, de 1973, que foram publicados em livro pelo jornalista Gianluigi Nuzzi.
Para desvendá-los, Joseph Ratzinger, o papa Bento XVI, nomeou uma comissão de três cardeais presidida pelo espanhol Julian Herranz, que conviveu por 22 anos com Josemaría Escrivá, o fundador da Opus Dei, escreveu um livro a seu respeito e é hoje o integrante da organização com mais alto cargo na hierarquia eclesiástica. O responsável, segundo eles, foi o mordomo do papa, Paolo Gabriele. Apanhado com documentos confidenciais e material para reproduzi-los em casa, foi preso em 24 de maio e pode ser condenado a 30 anos de prisão por “atentado à segurança” do Vaticano.

Leia a íntegra da reportagem da REvista Carta Capital em Dividir e desgovernar

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