Apenas alguns comentários sobre algumas informações que circulam pela imprensa local e nacional de hoje. Da imprensa local, duas notícias de fatos que, mesmo tendo acontecido a milhares de quilômetros de distância se referem a duas pessoas que tem muito em comum pelo histórico pessoal e pelo perfil político. Vou omitir os nomes para evitar pré-julgamentos.
Uma Deputada Federal de um partido de esquerda atualmente ocupando um cargo ministerial em Brasília está aproveitando as férias para fazer o Curso de Reciclagem de condutores pois havia excedido os 22 pontos. Como todo motorista que chegou a tal situação, se submeteu à lei como qualquer um outro cidadão.
Um outro Deputado Federal, que também excedeu os 22 pontos na carteira, foi detido pela Polícia Rodoviária ao ultrapassar em local indevido. Continuava dirigindo com a Habilitação apreendida e comentendo mais infrações. Ao ser preso, reclamou do “abuso de autoridade” do policial.
Mesmo estando no jornal a 20 páginas de distância – uma informação na página de política e outra na sessão policial – é impossível não ligar uma à outra. Os fatos falam por si…
O outro fato é do “estupro público em rede nacional de televisão e com patrocínio” que o Brasil inteiro assistiu ontem e continua repercutindo nas redes sociais e meios de comunicação. O que mais me espantou foi hoje de manhã, ao ouvir uma emissora de rádio ligada à Globo, um jornalista comentar que a vítima do estupro devia ser expulsa do Big Brother junto com o colega que a violentou. Estranho critério!…
Pensando bem, quem devia ser mesmo expulso da televisão brasileira era o Boni e seu testa de ferro Bial. Mas isso pode ser entendido como atentado à liberdade de imprensa. Estamos num regime democrático e cada um tem o direito de estuprar a quem quiser desde que seja um “estupro artístico”. Acho que o raciocínio vai por aí.
Aliás: será que os patrocinadores do programa em questão se sentem bem ao terem seu produto associado a tal crime:
E os consumidores, ao comprar os produtos das empresas que patrocinam o B…, devem saber que estão patrocinando o estupro público de uma jovem que, não importa qual sua condição moral, sofreu uma violência sexual catalogada como crime hediondo.